segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

CÓRREGO DO CAVALO


1 - Introdução:


Estivemos na Bacia Hidrográfica do Córrego do Cavalo, em Uberlândia, para efetuar um trabalho para a matéria de Biogeografia, fizemos análises investigativas em relação às vertentes, com o objetivo de descrever as transformações e as características geomorfológicas que desenvolveram com a ação da natureza e do homem. Nesta investigação tivemos a oportunidade de mapear a bacia hidrográfica do córrego distinguindo os divisores de água em relação à outras bacias, curvas de níveis, ravinas, erosões, boçorocas, assoreamento, mapas nativas, matas ciliares, ação das chuvas, a emissão de esgotos e outros tipos de agressões que tem ocorrido na bacia hidrográfica. Para fazermos relações da dinâmica desta bacia, tivemos que fazer uso de alguns conhecimentos que adquirimos ao longo do curso de Geografia. Conhecimentos esses que nos foi passado nas matérias de Geomorfologia I e II. Embora não tendo ainda um conhecimento mais aprofundado sobre os relevos da nossa região, não foi difícil analisar as transformações ali ocorridas, uma vez que, esses processos são comuns em quase todos os córregos e rios da nossa região.


Relatório de campo:

Córrego do Cavalo

Como característica da maioria das nascentes dos córregos da nossa cidade, as veredas estão sempre presentes e segundo as observações feitas por nós, há uma crescente degradação e destruição dessas veredas e das matas ciliares em torno do Córrego do Cavalo. Todo o complexo da cabeceira do córrego, têm características bem definidas, os interflúvios que definem a bacia inicia entre os bairros: Taiamã, Tocantíns, Luizote de Freitas e Talismã, a oeste do centro da cidade. A geomorfologia da bacia é diversificada com a presença de áreas com formas côncavas e convexas, ravinas, erosões com processos acelerados e que tem aumentado rapidamente. No bairro Tocantíns, o córrego recebe toda a carga das águas provenientes das chuvas e como conseqüência tem acelerado o processo de erosão. Apesar de não ser a única causa desse processo, a falta da vegetação ao longo do vale também tem sua parcela importante de contribuição para a dinâmica desses processos.
A bacia do Córrego do Cavalo, é formado por camadas de arenito, as quais se constituem em áreas para o desenvolvimento da vegetação, porém com a urbanização em torno da bacia fez com que os processos de ravinamento, erosões aumentassem e a calha do córrego com a evolução do canal de drenagem, tem seu nível de base no basalto que é resultado dos derrames que ocorreram na nossa região. Na vertente à esquerda onde o córrego se encontra com o Rio Uberabinha, existe uma exploração muito grande desse basalto, que é muito utilizado na construção civil e no asfaltamento de estradas e ruas. Devido a falta de conservação da vegetação tanto nas margens como em volta, o córrego tem recebido muita poluição que vem da população que mora perto, lixos que são jogados, a utilização do córrego como área de escape das águas sujas e dos lixos gerados por empresas que estão instaladas às margens do córrego.
Por isso é preciso que as autoridades competentes e os órgãos ambientais estejam engajados na luta para a recuperação e preservação do Córrego do Cavalo e dos demais córregos que fazem parte das bacias hidrográficas da nossa cidade. As últimas pesquisas tem mostrado uma crescente degradação desses córregos e a cidade está perdendo locais que poderiam ser preservados e transformados em áreas de lazer e de beleza natural.


Considerações Finais:

O trabalho que realizamos de investigação e análises da bacia do Córrego do Cavalo, foi de grande importância para nós alunos no sentido de fomentar a essência da construção do saber. A Geografia como um todo, têm nos dado uma dimensão muito grande de conhecimentos que fazem relação com o nosso dia a dia, que até então, nos tinha passado despercebido. Para nós que estamos construindo uma carreira de educador, é evidente que essas experiências vão embasar e muito na elaboração dos questionamentos e da criticidade dos processos de destruição e de transformação não só da nossa região, mas também, em qualquer lugar do planeta. Nós, como alunos de Geografia, estamos a cada dia que passa podendo perceber o quanto é importante para a formação do ser a integração dos alunos com os processos vivos e naturais das mudanças e dos processos de construção dos nossos bairros, cidades e também da formação de uma sociedade que tem evoluído a cada dia que passa e, ao mesmo tempo, tem sofrido com a inconseqüência dos resultados de todos os processos de transformação. Alem de ajudar na construção de nossos conhecimentos teóricos, trabalhos como esse nos ajudam no relacionamento com os colegas, pois é uma oportunidade de sairmos a campo para observar tudo aquilo que foi estudado em sala de aula, e que as vezes na teoria não ficou tão claro. Por isso, é preciso que tenhamos consciência da nossa responsabilidade como geógrafos e colocar em prática tudo aquilo que nos foi ensinado durante o curso e provar que com respeito ao meio ambiente e compromisso com a ética dos compromissos que teremos como educador, poderemos construir um lugar melhor de viver. Com integração da natureza no meio em que vivemos, com a integração da sociedade na educação das crianças com o objetivo de preservara natureza e com a percepção e sensibilidade da população.

Erlon Moreira Castilho
7º Período (Geografia)
FCU - Faculdade Católica de Uberlândia
erlonmoreira@yahoo.com.br

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