segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

MIRAPORANGA


FCU – CATÓLICA DE UBERLÂNDIA
Trabalho de Campo
“Bacia do Douradinho”
Outubro – 2005
FCU – CATÓLICA DE UBERLÂNDIA
Trabalho de Campo
“Bacia do Douradinho”
Trabalho de campo realizado pelos alunos
do 4º período do curso de Geografia da
FCU – Católica de Uberlândia, no dia:
02/10/2005, orientados pela professôra:
Angela Maria Soares.
Outubro - 2005
Trabalho de Campo: Córrego Douradinho



No dia 02/10/2005, nós alunos do 4º período do curso de Geografia da FCU – Católica de Uberlândia, orientados pela professôra Angela Maria Soares, realizamos um trabalho de campo na bacia do Córrego Douradinho com o objetivo de fazer-mos um levantamento sobre os resultados das transformações que tem passado essa bacia, com as ações da natureza e a intervenção do homem. Durante o percurso realizamos algumas paradas onde tivemos a oportunidade de presenciar e testemunhar através de observações e análises do relevo dessa região, os impactos ocorridos nas últimas décadas, principalmente pela ação do homem.
1ª Parada: Pólo Petroquímico
Nos fundos do bairro Morada Nova entre as nascentes do córrego Douradinho e Rio das Pedras, está localizado o Pólo Petroquímico ao lado da nascente do córrego do Major, divisor de águas entre as bacias hidrográficas dos rios Uberabinha, Tijuco e Rio da Babilônia. Essa região se destaca por ter menos canais de drenagem, área mais limpa, os interflúvios são mais longos e fazem parte da área de nascente do Bom Jardim e Uberabinha que recebeu o nome de área elevada de cimeiras planas com topos largos (Prof. Claudete). A unidade do vale do Araguari é denominada de unidade intensamente dissecada, porque realizou um trabalho muito grande de esculturação das vertentes. As Veredas de nossa região estão localizadas nas superfícies de áreas medianamente dissecadas com altitudes entre 700 a 800m.
Aproximadamente dois anos atrás foi renovado a “licença ambiental” para o funcionamento das empresas que fazem parte do Polo Petroquímico, onde os técnicos ambientais fizeram advertências a essas empresas da importância da recuperação dessa área, a erosão formada naquela região já estava chegando perto dos limites das instalações dessas empresas em uma região onde antigamente era uma boçoroca, local onde as empresas fizeram uma canalização para emitir a água da chuva que caía nos pátios, além de entulharem a boçoroca e fazer curvas de níveis construiram um dissipador de águas – cucurucos de concreto para diminuir a força da água – e além disso fizeram entulhamento e um dreno com matacões de basalto com uma tela, ou seja, tentar amenizar os impactos que já vem causando muita degradação nessa região por causa das obras realizadas neste local.
2ª Parada: Córrego Douradinho
Na região do Douradinho perto da Escola Municipal Presidente Costa e Silva, as erosões tem aproximadamente mais de um século, se analisarmos fotografias da época de 1969/1970, iría-mos perceber que já existiam boçorocas muito grandes, e as origens dizem os pesquisadores, iniciaram a partir de valas de separação de propriedades, ao invés de os fazendeiros fazerem sercas, preferiram fazer valas pelo fato, as fazendas serem muito extensas. Além disso a retirada do cerrado também contribuiu no crescimento dessas valas e a formação dessas imensas boçorocas. Essa era uma região de matas exuberantes, e podemos dizer que a retirada das matas foram para a formaçãode pastos para a criação de gado, além disso a coracterística do solo contém mais areia do que argila tornando mais propício ao processo de lixiviação dos sedimentos para os vales, o pisoteio do gado também influencia nesses processos.
A partir do interflúvio – divisor de água – das bacias do Córrego Gordura com o Córrego dos Macacos, está ocorrendo uma captura do Gordura em relação ao Córrego dos Macacos, a natureza vem trabalhando para desmontar esse interflúvio, ou seja, a erosão está caminhando para a montante, e se observar-mos, veremos que agora esse processesso está no final do aterro, por isso, temos boçorocas com o recuo das cabeçeiras, onde chamamos de erosão com recuo das cabeceiras de drenagem, onde os córregos nascem e com a evolução, essas erosões tomam forma de dígitos, dedos de mão. Os sulcos que são os primeiros que são os primeiros caminhos da água onde promovem o poder de degradação, criando ravinas e acelerando o processo de erosão junto à essas boçorocas.
Em algum ponto dessa erosão temos um material mais desagregado que são coberturas detríticos lateríticos, materiais jovens que foram depositados em contato com a cobertura do Marília. Há um aumento da evolução da erosão porque há uma descontinuidade geológica.
Nessa região temos matas características do cerrado, campo onde as árvores são longes umas das outras, entre as árvores temos arbustos, gramíneas, temos também o campo sujo com ausência de árvores grandes, os campos limpos estão em torno das veredas ou nos topos de chapadões e o cerradão se encontra onde os solos são melhores por causa do afloramento dos casaltos, e em alguns locais, vem associados com a mata seca que é uma mata estacional de encosta e que está relacionada com solo bom, que tem como exemplos madeira de lei, de aroeira e angico.
Embora este trabalho de campo foi realizado apenas num período do dia, tivemos a oportunidade através dos relatos da Prof. Angela, fomentar nosso conhecimento e aguçar nossos sentidos de análises e percepções advindo das transformações ocorridos no relevo da nossa região, inclusive nas bacias dos córregos da nossa cidade. Foi uma experiência muito gratificante poder participar dessas aulas onde os recursos utilizados pela professora foi totalmente natural, usando a própria paisagem para demonstrar essas mudanças e transformações causadas pelas ações da natureza e pela ação do homem.

Aluno: Erlon Moreira Castilho
Curso: 4º período de Geografia
Entidade: FCU – Católica de Uberlândia
Profª: Angela Maria Soares
erlonmoreira@yahoo.com.br

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