quarta-feira, 29 de agosto de 2007

ARTIGOS ECOLOGIA


MUDANÇAS DRÁSTICAS NAS CONDIÇÕES DO PLANETA.
Autor: Alfredo Akira Ohnuma Jr.

Atividades humanas consomem, variavelmente, grande parte dos serviços providos pelos ecossistemas. Atender "gratuitamente" a demanda crescente das necessidades de subsistência humana não tem sido uma das melhores formas para se garantir uma vida segura e decente. A partir do estudo prévio do relatório "Vivendo Além dos Nossos Meios - O Capital Natural e o Bem-Estar Humano, da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM), UNESCO (2005), quase dois terços (2/3) dos produtos oferecidos pela natureza, para atender o consumo humano, estão em processo de rápido declínio em todo o mundo. Ou seja, existem benefícios de captura por parte da engenharia desenvolvida no planeta que esgotam os recursos de capital natural da Terra.
Identificam-se problemas sérios de ordem global que tendem a afetar o bem-estar humano: as drásticas condições de várias espécies de peixes; a vulnerabilidade de bilhares de pessoas vivendo em regiões secas e sem serviços locais fornecidos pelos ecossistemas (como a disponibilidade de água) e por último; a ameaça constante sofrida pelo planeta devido mudanças climáticas e poluição de nutrientes.
O atendimento gentil que a natureza nos presta diante de nossas necessidades permite: alimentar populações, fornecer bens e abrigo, facilitar o desenvolvimento econômico, gerar benefícios últimos de satisfação individual e coletiva, enfim, cuidar "submissamente" da teia da vida da qual fazemos parte. No entanto, diante deste período de consumo desenfreado e sem precedentes das atividades humanas, ecossistemas têm sofrido conseqüências desagradáveis.
Tabela - Mudanças no ecossistema e seus efeitos, mudanças ecossistêmicas Indicativo Consequência Redução no nível das águas de rios e lagos para irrigação, uso crescente de doméstico e industrial Decaimento duplicado em 40 anos (1960 - 2000) Esgotamento de aqüíferos, perda da biodiversidade Devastação de florestas nativas Aproximadamente 24% da superfície terrestre transformada em áreas de cultivo Redução da flora e fauna e potencial de eliminação de espécies em extinção; descontrole do clima (declínio do seqüestro de carbono) Aquecimento global acelerado e variações climáticas Aumento de mais de 1° Celsius nos últimos anos e projeção crescente de até 5° Celsius na temperatura superficial média do globo até 2100 Alterações no ciclo natural de aquecimento e resfriamento do planeta; dificuldade de migração de espécies para áreas mais adequadas: sobrevivência na adaptação, perda da biodiversidade
Influxo de nitrogênio reativo Armazenamento duplicado nos últimos 150 anos Desequilíbrio ecológico, volume alterado e fluxo de rios reduzido.
Declínio dos estoques pesqueiros Redução da biomassa marinha, especialmente pesca predatória, de 90% em relação ao nível pré-industrial Eliminação de biota marinha e desvalorização; início de moratória da pesca comercial em 1992.
A situação de cenários da AEM apresenta mudanças significativas que indicam variações no consumo dos serviços dos ecossistemas e conseqüente perda da biodiversidade e deterioração de alguns serviços. As taxas médias de espécies em extinção, por exemplo, e projeções derivadas de modelos confirmam o desaparecimento de espécies ameaçadas, devido perda de habitat e consumo de energia.
As previsões não são nada agradáveis quando eliminanos as condições de resiliência dos sistemas naturais. O comportamento atual inclui prováveis mudanças que afetam a saúde do capital natural e sobrecarregam os riscos ao bem-estar-humano. Faz parte da própria lei da natureza.
Com o aumento da densidade populacional e a despreocupação frente às ações antrópicas, os sistemas que compõem a síntese da vida (vegetais, animais e biológicos) passarão a sofrer pressões ainda maiores e a tendência é de que a infra-estrutura local, da qual todas as sociedades dependem, correrá o risco de se tornar cada vez mais enfraquecida, se é que já não se encontram.
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Mudanças drásticas nas condições do planeta Um cenário nada promissor Alfredo Akira Ohnuma Jr. PhD. Ciências em Eng. Ambiental e-mail: fred@guiavegano.com Fonte: http://www.guiavegano.com.br/
REFERÊNCIAS: UNESCO (2005). Vivendo Além dos Nossos Meios. O Capital Natural e o Bem-estar humano. Mensagem da Junta Coordenadora da Avaliação Ecossistêmica do Milênio. Millennium Ecosystem Assessment. 29p.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

XENOFOBIA

Xenofobia provoca novo debate sobre proibição do partido neonazista

Manifestação do NPD em Meckelmburgo - Pomerânia Ocidental

Políticos social-democratas pretendem articular uma nova tentativa de proibição do NPD, partido de extrema direita. Políticos conservadores, liberais e verdes não vêem chance de êxito.

A agressão contra oito indianos por radicais de direita na localidade saxônia de Mügeln, no fim de semana passado, desencadeou um novo debate sobre a necessidade de proibir o Partido Nacional-Democrá tico da Alemanha (NPD), de extrema direita. O presidente do Partido Social Democrata (SPD), Kurt Beck, pretende abordar o tema na próxima convenção partidária, em outubro. Beck recebeu respaldo de outros correligionários, mas conta com o ceticismo dos parceiros de coalizão da União Democrata Cristã (CDU) e da oposição verde e liberal.

O Ministério do Interior é contra uma nova tentativa de proibir o NPD. Sem dúvida, trata-se de um partido antidemocrático, anti-semita e anticonstitucional, que - por todas essas razões - preenche todos as condições de uma proibição, justificou o Ministério. No entanto, a fim de assegurar o êxito do processo, a atuação do serviço secreto deveria ser suspensa, algo que o Ministério rejeita terminantemente.

Serviço secreto inviabilizou proibição em 2003

O grande problema de tentar novamente proibir o partido continua sendo a atuação de agentes federais infiltrados nos grêmios de liderança do NPD. Em 2003, quando o governo alemão, com o respaldo das duas câmaras do Parlamento, requereu a proibição, o Tribunal Constitucional Federal rejeitou o pedido, alegando que a atividade do serviço secreto representava "um obstáculo intransponível para o processo".

A chanceler federal, Angela Merkel, também é cética quanto ao êxito de uma nova investida constitucional contra o NPD. O presidente do SPD justificou, no entanto, que também é contra a suspensão das atividades dos agentes federais infiltrados. Beck, que conta com o respaldo de outros políticos, como o ministro do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, acha que seria suficiente tornar mais discreta a atuação do serviço secreto.

NPD cada vez mais influente e provocador

Na Alemanha, a dificuldade de proibir um partido político é grande. Apenas o Tribunal Constitucional tem este poder; e para tal, precisa de uma maioria de dois terços. Desde o pós-guerra, só houve duas proibições na Alemanha Ocidental: em 1952, a do Partido Socialista do Reich, radical nacionalista, e em 1956 a do Partido Comunista da Alemanha.

Mas desde a tentativa fracassada de 2003, os ânimos não se acalmaram entre os políticos alemães. Quando o NPG conseguiu ingressar na Câmara dos Deputados do estado de Mecklemburgo- Pomerânia Ocidental, aumentaram os apelos pela proibição do partido. Sobretudo porque muitos consideram cada vez mais provocador o comportamento público dos líderes de extrema direita.

Mais de 40% do financiamento do NPD é estatal

O presidente do NPD, Udo Voigt, foi indiciado por incitação popular, após ter sugerido o criminoso de guerra nazista Rudolf Hess para o Prêmio Nobel da Paz. O líder da bancada do NPD na Câmara estadual de Mecklemburgo- Pomerânia Ocidental, Udo Pastörs, também gerou indignação, ao declarar "O futuro é nosso: podem nos passando o poder!"

Outra causa de grande aborrecimento é o financiamento partidário. Políticos social-democratas afirmam não saberem como justificar para o povo por que o Estado sustenta um partido que intenciona acabar com a democracia. Em decorrência das vitórias eleitorais de 2006, o NPD recebeu 1,4 milhões de euros do Estado – mais de 40% de seu faturamento.

Combate ao extremismo de direita divide coalizão

Os social-democratas criticaram o Ministério da Família pela suposta ineficiência dos programas contra o extremismo de direita. O principal argumento é de que as iniciativas de grupos neonazistas menores geralmente escapam às estruturas criadas pelo governo para conter a organização de núcleos de extrema direita.

A ministra da Família, Ursula von der Leyen (CDU), rejeitou a acusação dos social-democratas, justificando que o atual governo está investindo muito mais do que os anteriores no combate ao extremismo de direita. (sm)

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

LULA E A POLÍTICA NO BRASIL

16/8/2007 17:01:00

Lula defende Cabral de vaias no reduto de Garotinho

"Cabral não está governando o Rio pensando na próxima eleição. Teve um outro aí que só pensava isso. Com ódio a gente não vai a lugar nenhum', disse o presidente em Campos".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que reagiu contra a platéia ao ser vaiado na cerimônia de inauguração de um centro de ensino técnico federal no interior do estado. Vítima de vaias na abertura dos Jogos Pan-Americanos, há cerca de um mês, na capital fluminense, Lula havia sido defendido por Cabral.

Lula e Cabral se irritaram com a manifestação de cerca de dez estudantes e professores do Cefet de Campos durante a visita do presidente à unidade. Com nariz de palhaço e apitos, o grupo protestou contra a falta de condições para trabalhar e estudar na unidade. O governador chegou a pedir que a maioria que apoiava o evento vaiasse os manifestantes.

Campos é reduto eleitoral dos ex-governadores do Rio Anthony e Rosinha Garotinho. Lula saiu em defesa de Cabral e ironizou o grupo: "Sérgio, não fique nervoso com o pessoal que protesta, porque esse pessoal é tão jovem e desprovido de consciência política que vem protestar com nariz de palhaço".

Dirigindo-se aos manifestantes, Lula pediu que analisassem o que ele e Cabral haviam feito no estado em sete meses e comparassem com o que fora realizado em oito anos. "Este homem é um homem de bem. Não é um homem de preconceito. Não é um homem que está governando o Rio pensando na próxima eleição", disse Lula, em Campos dos Goytacazes (RJ), durante a inauguração da Unidade de Ensino Descentralizada (Uned) Guarus.

"Ele [Cabral] sabe, pela formação que teve do pai e da mãe, que tem que governar o Rio pensando em cumprir tudo aquilo que ele prometeu quando estava disputando as eleições. E é por isso que ele não pensa no que vai acontecer depois de 2010, porque a mesquinharia pensa isso. Teve um outro aí que só pensava isso, que não queria conversar, que não queria negócio, era ódio pra tudo quanto é lado, e com ódio a gente não vai a lugar nenhum”, completou o presidente.

Lula voltou a falar da prioridade de seu governo de investir em educação. Ele também criticou governantes do passado por não terem dado oportunidade às pessoas menos favorecidas.

“A minha única preocupação é que muitas vezes as pessoas que governaram este país, por terem tido todas as oportunidades que a vida lhes ofereceram, por ter herdado do pai ou da mãe sem muito sacrifício o que eles tiveram, eles ganharam as eleições e se esqueceram que tinham de dar para o povo pobre desse país as oportunidades que eles receberam de outros governantes. Eles se esqueceram do quanto é sagrado para a independência de um ser humano a profissão”, disse.

Em seu discurso, o presidente também comparou a política a um time de futebol. “Política é como time de futebol. O jogador que está no banco na reserva fica sempre torcendo pra que aconteça alguma coisinha com o que está jogando para ele entrar. Os políticos que estão fora, os tal da oposição, ficam torcendo para você não dá certo, o que é uma desgraça, porque quando ele torce pra gente errar, quem perde é o povo. Ele tem que torcer é pra gente acertar, pra gente fazer o melhor”.

A Uned Guarus, vinculada ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Campos, contou com R$ 2,8 milhões do governo federal para obras de infra-estrutura e tem capacidade para atender 1,2 mil alunos. A unidade está voltada para o ensino técnico nas áreas da indústria naval e de saúde, com cursos de eletrônica, enfermagem e farmácia, respectivamente.

Segundo informou o Ministério da Educação, as Unidades de Ensino Descentralizadas são escolas com sede própria, mas vinculadas administrativa, pedagógica e financeiramente a uma outra escola, geralmente a um Cefet. Atualmente, há 69 Uneds no País, vinculadas a 33 Cefets, que oferecem graduação e pós-graduação na área tecnológica, além de cursos de formação pedagógica, de nível básico, técnico e de ensino médio.


17/08/2007 - Erlon Moreira Castilho


Lula esteve nessa quinta-feira no Rio, onde participou da cerimônia de inauguração de um centro de ensino técnico federal no interior do estado. Quando tentou defender o governador das vaias, dizendo que os jovens do Brasil são desprovidos de consciência política, só provou que está cuspindo no prato que comeu. Ele só esqueceu de um detalhe, foram esses jovens que votaram na última eleição para que êle se elegesse "Presidente do Brasil". Talvez o que êle está tentando dizer é que quem tem consciência política são os "Renans Calhordas", ops, me desculpem, "Calheiros" do Brasil. Já o governador do Rio Sérgio Cabral, disse que os jovens são pequenos "burguêses" que choram de barriga cheia. Alguém tem que dizer a êle que vivemos no Brasil, onde o índice de desemprego entre os jovens é assustador. Cala-te bôca, recolha-te na sua insignificância povo brasileiro!