MUDANÇAS DRÁSTICAS NAS CONDIÇÕES DO PLANETA.
Autor: Alfredo Akira Ohnuma Jr.
Atividades humanas consomem, variavelmente, grande parte dos serviços providos pelos ecossistemas. Atender "gratuitamente" a demanda crescente das necessidades de subsistência humana não tem sido uma das melhores formas para se garantir uma vida segura e decente. A partir do estudo prévio do relatório "Vivendo Além dos Nossos Meios - O Capital Natural e o Bem-Estar Humano, da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM), UNESCO (2005), quase dois terços (2/3) dos produtos oferecidos pela natureza, para atender o consumo humano, estão em processo de rápido declínio em todo o mundo. Ou seja, existem benefícios de captura por parte da engenharia desenvolvida no planeta que esgotam os recursos de capital natural da Terra.
Atividades humanas consomem, variavelmente, grande parte dos serviços providos pelos ecossistemas. Atender "gratuitamente" a demanda crescente das necessidades de subsistência humana não tem sido uma das melhores formas para se garantir uma vida segura e decente. A partir do estudo prévio do relatório "Vivendo Além dos Nossos Meios - O Capital Natural e o Bem-Estar Humano, da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (AEM), UNESCO (2005), quase dois terços (2/3) dos produtos oferecidos pela natureza, para atender o consumo humano, estão em processo de rápido declínio em todo o mundo. Ou seja, existem benefícios de captura por parte da engenharia desenvolvida no planeta que esgotam os recursos de capital natural da Terra.
Identificam-se problemas sérios de ordem global que tendem a afetar o bem-estar humano: as drásticas condições de várias espécies de peixes; a vulnerabilidade de bilhares de pessoas vivendo em regiões secas e sem serviços locais fornecidos pelos ecossistemas (como a disponibilidade de água) e por último; a ameaça constante sofrida pelo planeta devido mudanças climáticas e poluição de nutrientes.
O atendimento gentil que a natureza nos presta diante de nossas necessidades permite: alimentar populações, fornecer bens e abrigo, facilitar o desenvolvimento econômico, gerar benefícios últimos de satisfação individual e coletiva, enfim, cuidar "submissamente" da teia da vida da qual fazemos parte. No entanto, diante deste período de consumo desenfreado e sem precedentes das atividades humanas, ecossistemas têm sofrido conseqüências desagradáveis.
Tabela - Mudanças no ecossistema e seus efeitos, mudanças ecossistêmicas Indicativo Consequência Redução no nível das águas de rios e lagos para irrigação, uso crescente de doméstico e industrial Decaimento duplicado em 40 anos (1960 - 2000) Esgotamento de aqüíferos, perda da biodiversidade Devastação de florestas nativas Aproximadamente 24% da superfície terrestre transformada em áreas de cultivo Redução da flora e fauna e potencial de eliminação de espécies em extinção; descontrole do clima (declínio do seqüestro de carbono) Aquecimento global acelerado e variações climáticas Aumento de mais de 1° Celsius nos últimos anos e projeção crescente de até 5° Celsius na temperatura superficial média do globo até 2100 Alterações no ciclo natural de aquecimento e resfriamento do planeta; dificuldade de migração de espécies para áreas mais adequadas: sobrevivência na adaptação, perda da biodiversidade
Influxo de nitrogênio reativo Armazenamento duplicado nos últimos 150 anos Desequilíbrio ecológico, volume alterado e fluxo de rios reduzido.
Declínio dos estoques pesqueiros Redução da biomassa marinha, especialmente pesca predatória, de 90% em relação ao nível pré-industrial Eliminação de biota marinha e desvalorização; início de moratória da pesca comercial em 1992.
A situação de cenários da AEM apresenta mudanças significativas que indicam variações no consumo dos serviços dos ecossistemas e conseqüente perda da biodiversidade e deterioração de alguns serviços. As taxas médias de espécies em extinção, por exemplo, e projeções derivadas de modelos confirmam o desaparecimento de espécies ameaçadas, devido perda de habitat e consumo de energia.
As previsões não são nada agradáveis quando eliminanos as condições de resiliência dos sistemas naturais. O comportamento atual inclui prováveis mudanças que afetam a saúde do capital natural e sobrecarregam os riscos ao bem-estar-humano. Faz parte da própria lei da natureza.
Com o aumento da densidade populacional e a despreocupação frente às ações antrópicas, os sistemas que compõem a síntese da vida (vegetais, animais e biológicos) passarão a sofrer pressões ainda maiores e a tendência é de que a infra-estrutura local, da qual todas as sociedades dependem, correrá o risco de se tornar cada vez mais enfraquecida, se é que já não se encontram.
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Mudanças drásticas nas condições do planeta Um cenário nada promissor Alfredo Akira Ohnuma Jr. PhD. Ciências em Eng. Ambiental e-mail: fred@guiavegano.com Fonte: http://www.guiavegano.com.br/
REFERÊNCIAS: UNESCO (2005). Vivendo Além dos Nossos Meios. O Capital Natural e o Bem-estar humano. Mensagem da Junta Coordenadora da Avaliação Ecossistêmica do Milênio. Millennium Ecosystem Assessment. 29p.
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