segunda-feira, 5 de março de 2007

TRÂNSITO: EDUCANDO PARA A VIDA


E
ducação no Trânsito

Não à Violência no Trânsito.
Por Amor à Vida.

"A educação é o instrumento capaz de formar cidadãos mais conscientes e preparados para enfrentar a vida e o trânsito."


INTRODUÇÃO


Hoje, em paralelo à facilidade e ao conforto propiciados pela explosão de informações e aumento no volume de conhecimentos, tanto na área de ciência quanto de tecnologia, estamos vivendo um mundo de situações extremas.
A violência e seu incremento constituem-se em problemas inerentes à manutenção da segurança publica, devendo, em razão disso, ser enfrentados em todas as suas facetas.
O transito, expressão dessa violência, apresenta um caráter complexo e multidisciplinar decorrente de fatores como a persistente transgressão às normas de segurança, as inadequações nas condições das vias, o inchaço dos grandes centros urbanos, o aumento da frota de veículos, etc., exigindo, conseqüentemente, do poder público e da sociedade em geral, uma intensa busca de medidas que venham garantir à população o seu direito de usufruir de um trânsito seguro e fluente.
Precisamos de Políticas públicas efetivas que possam redundar no desenvolvimento de ações educativas, de caráter preventivo ou corretivo, visando a segurança no trânsito, buscando assegurar planejamento estratégico, atuação integrada e ações pertinentes, envolvendo todos os profissionais da educação, organismos oficiais e demais entidades que atuam na área de trânsito.
Educar para o trânsito é educar para o exercício da cidadania, garantindo o direito de ir, vir e estar em espaços e vias publicas, com segurança. Mas é, também, assumir com responsabilidade os deveres, respeitar o direito dos outros e cooperar para a transformar as vias em espaços de convivência saudável e fraterna.
É fundamental que o educador tenha a compreensão do dinamismo que permeia as relações do homem (sujeito) com o tempo e o espaço, bem como as diversas interpretações de um fato. Só assim, o professor criará situações pedagógicas em que o aluno possa desenvolver suas capacidades intelectuais autônomas e transformar-se num observador atento a realidade, capaz de estabelecer relações, comparações e chegar a conclusões sobre o tempo e o espaço em que vive.


OBJETIVOS


  • Compreender o trânsito como espaço de comunicação e convivência social, estabelecendo relações de respeito pela vida e assegurando o direito de ir, vir e estar com segurança.

  • Reconhecer a importância do ato individual no trânsito para garantir a segurança global, identificando direitos e deveres, seja como pedestre, passageiro, condutor ou agentes de transito.

  • Questionar a realidade do trânsito, analisando, criticando, selecionando e adotando procedimentos adequados às diversas situações de trânsito.


METODOLOGIA:TRANSITO E GEOGRAFIA


A Geografia abrange um campo extenso do conhecimento e são pontos de encontro com os diversos temas transversais, incluindo ai o TRÂNSITO.

Podemos incluir para estudar o trânsito os seguintes temas:

A paisagem local – Estudando as questões relativas à presença e ao papel da natureza e sua relação com a ação dos indivíduos, dos grupos sociais e, de forma geral, da sociedade na construção do espaço geográfico, o aluno se conscientizar de seus vínculos afetivos e de identidade com o lugar no qual se encontra inserido. (normas de circulação: na casa, na rua, na escola, na cidade...sinalização, meio ambiente).
As paisagens urbanas e rurais: sua características e relações. – Explorando as diferentes relações entre as cidades e o campo em sua dimensões sociais, culturais e ambientais e considerando o papel do trabalho, das tecnologias, da informação, da comunicação e dos transportes, o aluno constrói conhecimentos a respeito da diversidade contida nas paisagens urbanas e rurais. (desenvolvimento urbano, sistema viário, Meio ambiente)


MÉTODOS DE APRENDIZAGEM:


  • Usar a observação do próprio cotidiano do aluno no trânsito como ponto de partida para pesquisas, comparações, depoimentos, entrevistas, produções de textos, etc;

  • Estimular procedimentos de pesquisa e organização de informações coletadas;

  • Organizar ou propor visitas a lugares, estabelecendo, com os alunos, pontos de referencias, observando o trajeto, a sinalização e favorecendo a autonomia de se deslocar com segurança;

  • Utilizar materiais de consulta como desenhos, maquetes, mapas, guias turísticos, textos jornalísticos;

  • Incentivar a confecção de croquis, mapas e maquetes, utilizando legendas e sinalização;

  • Utilizar imagens, fotografias e vídeos ou textos para comparar o trânsito em diversas paisagens e épocas e fazer correlação dos fatos.


GEOGRAFIA E TRANSITO CAMINHAM JUNTOS


1 – ESPAÇO URBANO E CIRCULAÇÃO


Ao discutir o espaço urbano, é importante considerar fatores sociais, históricos, políticos e econômicos, para melhor compreensão do todo. E, ao se discutir alternativas positivas para adequar o espaço às necessidades do mundo atual, deve-se procurar estabelecer uma relação equilibrada entre os anseios da sociedade e a preservação do meio baseando-se em uma perspectiva sustentável.
Nos dias atuais podemos observar que a urbanização se intensificou, e o numero e os tamanhos das cidades aumentaram de forma significativa, E, com o crescimento populacional e a conseqüente urbanização das cidades, o espaço urbano sofreu alterações consideráveis.
Com o crescimento das cidades, cresceu-se também o individualismo entre as pessoas. O que tornou a visão coletiva algo cada vez mais distante, sendo isto um fruto do capitalismo selvagem que envolve o nosso “tempo”.
A circulação urbana apresenta problemas relativos à questão das relações que ocorrem entre os diversos participantes do trânsito, que se traduzem em conflitos no espaço urbano e que tem como resultante maior os acidentes.


2 – O TRANSPORTE URBANO E A CIDADE


Com o desenvolvimento do sistema de circulação e a melhoria do sistema de transporte, o deslocamento das pessoas no espaço urbano adquire cada vez mais importância.
Um rearranjo, então, se faz necessário para que o espaço se adeqüei a essa nova forma de organização de organização socioeconômica, agora mais urbanizada.
O automóvel transformou-se, então, num meio de reprodução de grupos sociais, principalmente de renda média que, para se auto afirmar, necessitam de um conjunto de atividades sociais, culturais e econômicas, incluindo a aquisição de um veiculo automotor, que evidentemente proporciona maior mobilidade. Dessa forma, as políticas públicas implementadas priorizam o atendimento das demandas dos grupos sociais de renda média em detrimento da maioria da população que depende do transporte público.
Uma vez que a política de transporte, sobretudo no Brasil, não se mostra eficiente no que diz respeito ao transporte publico, o uso do modal motorizado, principalmente o automóvel, se torna cada vez mais freqüente.
A infra-estrutura de circulação reforça a utilização do carro. O transporte público de baixa qualidade e pouca confiabilidade, e a tarifa elevada desse tipo de serviço, aliada a pouca infra-estrutura para ciclistas e a grandes distancias para os deslocamentos a pé, estimulam a opção pelo veiculo automotor individual, causando vários problemas no que diz respeito à circulação viária, ou seja, ao trânsito em geral.


3 – ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO E TRANSPORTE


Nos últimos anos, as cidades brasileiras tiveram um crescimento populacional considerável. Isso se deu, entre outros fatores, em função de um processo de urbanização de um processo de urbanização acelerado que teve como resultado um alto índice de pessoas vivendo nas cidades.
Com o crescimento da população, também cresceu o número de deslocamentos diários na zona urbana, uma vez que as pessoas necessitam se deslocar na cidade para exercer suas atividades como trabalhar e estudar.
Grande parte dos deslocamentos é realizada a pé. Entretanto, isso pode variar de acordo com a cidade analisada. Geralmente, em cidades maiores, estes números são menos significativos, em função do aumento das distancias. Um outro fator que também contribui para alterar esse quadro é a distribuição de renda: quanto maior a renda do individuo, menor a chance do seu deslocamento ser realizado a pé ou por transporte coletivo.
Dessa forma, o automóvel apresenta-se como sonho de consumo de cada cidadão, uma vez que a cultura automobilística está arraigada na sociedade capitalista de consumo que, mesmo de forma implícita, cultua o veiculo automotor, associando-o símbolo de “status” e modernidade. O carro é visto por muitos como algo essencial para a vida.
Entretanto, o crescimento do numero de veículos no Brasil, traz entre outros fatores, problemas para as cidades e conseqüentemente para todos os seus usuários, e contribui diretamente para a ocorrência de congestionamentos, aumento da poluição e do numero de acidentes que resultam em varias mortes por ano.
As cidades brasileiras enfrentam, a cada dia, problemas crescentes em função da ocupação desordenada e da grande urbanização ocorrida principalmente nos últimos anos, Para que as pessoas se deslocar, é necessário haver uma infra-estrutura física adequada, que permita a circulação.
Numa sociedade em que o tempo é escasso e as pessoas se deslocam para diversos fins e necessitam fazer isso com rapidez, o veiculo automotor apresenta-se como uma alternativa “mais eficiente”, e vem ocupando um lugar considerável no espaço urbano. O modal de transporte motorizado, sobretudo o automóvel particular exerce uma grande influencia na ocupação do espaço urbano.
Há, no entanto um comprometimento da mobilidade como um todo em função da prioridade que o veiculo possui no sistema viário. A produção do espaço de circulação ocorre de maneira a tender basicamente a demanda da sociedade automotiva, em detrimento dos outros modos de transporte.


4 – MOBILIDADE URBANA


De acordo com o minidicionario Aurélio


Mobilidade = Qualidade do que é móvel.

Móvel = Que se pode mover.


Pode-se considerar que a mobilidade urbana está diretamente ligada às pessoas, que para assegurar seus deslocamentos, levando em conta a dimensões do espaço urbano, desempenham vários papéis como pedestres, ciclistas, motorista e passageiros.
A mobilidade pode ser afetada por fatores ligados à idade, ao sexo, a renda do individuo e também por fatores ligados ao espaço urbano. Como por exemplo, a sua organização e a forma como o transporte é dimensionado.
O tratamento da mobilidade pode ser entendido como sendo uma função dos órgãos públicos. Entretanto, no Brasil, ainda não existe uma política efetiva para o tratamento da mobilidade urbana que tenha como objetivo garantir uma acessibilidade e um deslocamento com qualidade para todos.
Ao observar as políticas públicas em relação ao trânsito e transporte no Brasil, é possível constatar facilmente a priorização do veiculo automotor. Nos órgãos gestores do trânsito, os recursos são destinados, em sua maioria, para melhorar a condição de circulação dos veículos. As obras realizadas prioritariamente pelos órgãos públicos são pontes, viadutos, vias expressas, arruamento, etc. Poucos são os recursos e investimentos destinados ao transporte público, aos ciclistas e a melhoria das calçadas.
È possível afirmar que a mobilidade urbana no paÍs está se tornando complexa e limitada. A opção pelo automóvel, trouxe efeitos prejudiciais à sociedade. Entre eles, o grande número de congestionamentos, alto índice de poluição e o crescente número de acidentes de transito, que preocupam e acarretam perdas importantes para a sociedade como um todo.


CONCLUSÃO


Ao longo da pesquisa sobre o trânsito, pude observar que o trânsito é inerente a Geografia, onde aponta vários fatores que podemos observar como: Urbanização, Mobilidade, Atitudes e comportamentos relacionados ao transito.
Analisando profundamente o transito de Uberlândia, podemos observar a realidade drástica causada pela falta de postura dos condutores de veículos, dos pedestres, dos ciclistas, dos carroceiros e principalmente dos órgãos competentes do município.
Ao ver várias fotos da enchente que houve na Avenida Rondon Pacheco, pude concluir que a tendência é piorar, pois à 25 anos os problemas são os mesmos, várias pessoas são afetadas naquelas mediações com as águas provocadas pelas enchentes e nada se faz.
As vitimas de acidentes e enchentes na avenida Rondon Pacheco, são apenas números que se somam nas estáticas, das tragédias.



Dorvaly Maria da Silva

7º Período (Geografia)

FCU - Faculdade Católica de Uberlândia

www.dorvaly@yahoo.com.br


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