terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

TRASPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO

COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SÃO FRANCISCO. NOTA OFICIAL SOBRE A TRANSPOSIÇÃO DE RIO SÃO FRANCISCO

Enviado por João Suassuna, Pesquisador da FUNDAJ

A decisão do Governo Federal de dar início às obras do Projeto de Transposição de Águas do Rio São Francisco é profundamente lamentável. As incertezas e contradições do projeto, levantadas pela Comunidade Científica, representam uma temeridade, sobretudo diante da extraordinária soma de recursos destinada ao projeto pelo PAC (6,6 bilhões de reais), somente nas suas etapas iniciais.

O Atlas Nordeste, de autoria do próprio Governo Federal, elaborado pela Agência Nacional de Águas – ANA, ropõe investimentos da ordem de 3,6 bilhões de reais para resolver o problema de abastecimento de água para todo o Semi-Árido incluindo aí os 9(nove) Estados do Nordeste e os Vales do São Francisco, Pardo, Mucuri e Jequitinhonha em Minas Gerais, com soluções para 502 sedes de Municípios nas áreas denominadas como de Elevado Risco Hídrico, independentemente da Transposição.

É importante que a opinião pública brasileira saiba que o Projeto de Transposição atende a menos de 20% da área do Semi-Árido e que 44% da população que vive no meio rural continuará sem acesso a água. Exatamente os que mais precisam vão permanecer excluídos dessa mega iniciativa do Governo Federal.

Para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – CBHSF, a decisão do Governo Federal ignora outras prioridades mais urgentes de investimentos para aumentar a oferta de água em todo o Semi-Árido, inclusive nos municípios da própria Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Por outro lado, a comunidade sanfranciscana continua aguardando o diálogo que o Presidente Luiz Inácio Lula as Silva propôs e prometeu ao Bispo D. Luiz Cappio em outubro de 2005 e, até hoje, não realizado com a abrangência desejável.

Por fim, o Comitê espera que a Revitalização da Bacia Hidrográfica do Velho Chico saia do campo da retórica, dando lugar a um verdadeiro programa de recuperação hidro-ambiental do Rio e de seus afluentes. O que há hoje são iniciativas isoladas, desconexas e desarticuladas que mais servem aos interesses clientelistas do Governo, sem compromisso com o rio e as comunidades que vivem à sua volta.

Diretoria Executiva do CBHSF

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

CONIVÊNCIA OU IRRESPONSABILIDADE


Conivência ou Irresponsabilidade”


Em Uberlândia a empresa “Realiza” está construindo uma passagem sobre o Córrego Perpétuo, para dar acesso a um condomínio de luxo que está sendo construído ao lado do bairro Aclimação. Essa passagem não tem razão de ser uma vez que, a rua. Antônio Francisco Rosa no bairro Aclimação, que atualmente serve de entrada provisória, poderia ficar em definitivo como acesso ao condomínio, o que não implicaria em nada no itinerário a outros bairros e ao centro da cidade. O comentário dessa passagem poderia não ter importância se não estivesse sendo construído em uma área de Vereda. Para quem não tem conhecimento, as “Veredas” são áreas de preservação permanente (APP), que são protegidas pela lei da Resolução Conama nº 303/2002 (art. 1º§ 2º, inciso II) protegida nos termos dos arts. 2º e 3º desta lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas; que tem como regra: nas APPs não se permite qualquer tipo de supressão de vegetação ou utilização econômica direta, isto é, as APPs são consideradas áreas especialmente protegidas, sendo sua alteração ou supressão permitidas somente através de lei. (CF, art. 225,§ 1º, inciso III), exceto no Art. 4º do Código Florestal permite a supressão de vegetação em APP, quer dizer que a supressão de vegetação em área de preservação permanente somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública (Art. 1º,§ 2º, IV) ou de interesse social (Art. 1º,§ 2º V), devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto. Isso quer dizer que a prefeitura juntamente com órgãos ambientais da nossa cidade, não tomando conhecimento dessa lei e fazendo uso do poder, deu autorização para que essa empresa realizasse essa obra de transposição que não só transgride a lei como comete crime ambiental sobre patrimônio natural da cidade, degradando de forma irreparável o meio ambiente. Em função disso, tenho mobilizado algumas lideranças políticas de nossa cidade em busca de apoio, o vereador Aniceto Ferreira (PT), sensibilizado com o fato, entrou com uma representação na Promotoria Pública pedindo pela interrupção e paralisação da obra, bem como também a revisão do processo que deu autorização para a empresa realizar tal projeto. Há alguns anos vem ocorrendo vários crimes ambientais em nossa cidade, a prefeitura e os órgãos ambientais nada tem feito para amenizar os impactos que esses crimes vem causando, os córregos de Uberlândia tem passado por um processo de destruição e as populações próximas a esses córregos já não sabem mais o que fazer. Além da poluição, os córregos de Uberlândia vem sofrendo constantes deposições de lixo e entulhos em seus leitos causando mau cheiro e a proliferação de insetos, roedores e animais peçonhentos que invadem as casas atacando a população que mora perto desses córregos.


Erlon Moreira Castilho

4º Período (Geografia)

FCU – Faculdade Católica de Uberlândia

erlonmoreira@yahoo.com.br

SE NADA É POR ACASO, ENTÃO, TUDO É POR ALGUMA COISA!

Tudo lhe é permitido, mas, nem tudo lhe convém




Se pensarmos sobre esta afirmação, podemos concluir que; a criação por si só é condicional ou convencional, isto é, a liberdade não existe. Não da forma como imaginamos. Então, como explicar isso? Vamos partir do pressuposto de que, se o livre arbítrio nos foi dado, onde não está a liberdade? Ora, veja bem, não se cria algo para nada, e se é para algum propósito é óbvio que a razão da criação é condicional para o seu criador e sua criação.

Por que Deus criou os céus e a terra? Por nada? Para nada? Tinha-se um propósito, qual? Daí o pensamento se torna imutável diante da nossa definição de criação. Se concluirmos que o “livre arbítrio” é sinônimo de “ir e vir”, logo, podemos perceber que, a própria existência humana e a existência de tudo estão condicionadas ao seu criador, isto é, não existe liberdade, tudo vive em função da subserviência ao criador.

Vamos analisar a liberdade a partir da criação do homem, vamos imaginar o homem vivendo em função de sua própria existência. Como seria se o homem que nasceu em uma região de clima tropical fosse deslocado para uma região de clima frio e seco? Sobreviveria? Talvez! Se esse talvez estivesse ligado à proporção de condição de adaptação a uma região diferente à sua região de origem. A liberdade não estaria sendo dada a este homem para que pudesse se desenvolver em qualquer lugar. Dentro dessa análise podemos dizer que a liberdade está à mercê de duas ações; a passiva e a ativa. E não podemos esquecer que toda ação tem uma reação, e como tal, tem causas e conseqüências. A liberdade passiva é quando o meio define as condições de sobrevivência de sua espécie, e liberdade ativa é quando a espécie tem que criar condições de sobrevivência no meio.

Ao longo de toda a minha vida vejo sempre as pessoas lutarem em busca de liberdade. Liberdade de opinião, de opção, de escolha, de afirmação e negação, liberdade de viver, etc. Mas afinal o que é liberdade?


1. Condição de quem é livre. 2. Faculdade de decidir e agir segundo a própria determinação; livre arbítrio. 3. Independência, emancipação. 4. Licença. 5. Sinceridade”. Ximenes (2000:579).

TEORIA PSICOGENÉTICA - "Henri Wallon"


TEORIA PSICOGENÉTICA DE HENRI WALLON


Falar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças é comum hoje em dia. No início do século passado, porém, essa idéia foi uma verdadeira revolução no ensino. Sua teoria pedagógica, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento. Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções, para dentro da sala de aula. Baseou suas idéias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa.

As emoções, para Wallon, têm papel preponderante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são manifestações que expressam um universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais de ensino. As transformações fisiológicas de uma criança (ou, nas palavras de Wallon, no seu sistema neurovegetativo) revelam traços importantes de caráter e personalidade. "A emoção é altamente orgânica, altera a respiração, os batimentos cardíacos e até o tônus muscular, tem momentos de tensão e distensão que ajudam o ser humano a se conhecer", a raiva, a alegria, o medo, a tristeza, a alegria e os sentimentos mais profundos ganham função relevante na relação da criança com o meio. "A emoção causa impacto no outro e tende a se propagar no meio social", a afetividade é um dos principais elementos do desenvolvimento humano.

Segundo a teoria de Wallon, as emoções dependem fundamentalmente da organização dos espaços para se manifestarem. A motricidade, portanto, tem caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento quanto por sua representação. Por que, então, a disposição do espaço não pode ser diferente? Não é o caso de quebrar a rigidez e a imobilidade adaptando a sala de aula para que as crianças possam se movimentar mais? Mais que isso, que tipo de material é disponibilizado para os alunos numa atividade lúdica ou pedagógica? Conforme as idéias de Wallon, a escola infelizmente insiste em imobilizar a criança numa carteira, limitando justamente a fluidez das emoções e do pensamento, tão necessária para o desenvolvimento completo da pessoa.

Estudos realizados por Wallon com crianças entre “6” e “9” anos mostram que o desenvolvimento da inteligência depende essencialmente de como cada uma faz as diferenciações com a realidade exterior. Primeiro porque, ao mesmo tempo, suas idéias são lineares e se misturam — ocasionando um conflito permanente entre dois mundos, o interior, povoado de sonhos e fantasias, e o real, cheio de símbolos, códigos e valores sociais e culturais. Nesse conflito entre situações antagônicas ganha sempre a criança. É na solução dos confrontos que a inteligência evolui. Wallon diz que o sincretismo (mistura de idéias num mesmo plano), bastante comum nessa fase, é fator determinante para o desenvolvimento intelectual. Daí se estabelece um ciclo constante de boas e novas descobertas.

Diferentemente dos métodos tradicionais (que priorizam a inteligência e o desempenho em sala de aula), a proposta walloniana põe o desenvolvimento intelectual dentro de uma cultura mais humanizada. A abordagem é sempre a de considerar a pessoa como um todo. Elementos como afetividade, emoções, movimento e espaço físico se encontram num mesmo plano. As atividades pedagógicas e os objetos, assim, devem ser trabalhados de formas variadas. Numa sala de leitura, por exemplo, a criança pode ficar sentada, deitada ou fazendo coreografias da história contada pelo professor. Os temas e as disciplinas não se restringem a trabalhar o conteúdo, mas a ajudar a descobrir o eu no outro. Essa relação dialética ajuda a desenvolver a criança em sintonia com o meio.

Para Wallon: "Reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. É a própria negação do ensino". A teoria de Henri Wallon ainda é um desafio para muitas escolas, pais e professores. Sua obra faz uma resistência contumaz aos métodos pedagógicos tradicionais. Numa época de crises, guerras, separações e individualismos como a nossa, não seria melhor começar a pôr em prática nas escolas idéias mais humanistas, que valorizem desde cedo à importância das emoções?

Militante apaixonado (tanto na política como na educação), dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja, "a própria negação do ensino”.



Erlon Moreira Castilho
7º Período (Geografia)
FCU - Faculdade Católica de Uberlândia

erlonmoreira@yahoo.com.br

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

GEOGRAFIA INDUSTRIAL


Robótica, Automação e uma Nova Revolução Industrial


“Durante 200 anos, a manufatura e a montagem sofreram muitas modificações, mas quaisquer que tenham sido as inovações de Taylor e Ford, ou da produção just-in-time, o elemento-chave era a reunião de seres humanos num lugar de trabalho. Estamos testemunhando agora uma revolução promovida pela tecnologia, que se afasta desse processo; ao substituir os trabalhadores das fábricas por robôs, para aumentar a produtividade, a automação retira um número cada vez maior de seres humanos da fábrica, até que talvez restem apenas poucos supervisores.”
(KENNEDY 1995)

A teoria de que automatização gera maior produção. Maior produção gera a produtividade. A produtividade gera preços baixos. Preços baixos aumentam a demanda, aumentando por sua vez a produção que em seu turno aumenta o nível dos empregos, é rejeitada por vários autores e intelectuais, já que a cadeia é correta a não ser na sua conclusão: a produção hoje não aumenta o nível dos empregos, mas sim, traz mais automatização reduzindo o trabalho dos seres humanos.
Na realidade, estamos presenciando neste fim de século, um declínio no nível dos empregos e uma drástica redução do poder aquisitivo da população mundial. Os trabalhos perdidos pelo ser humano para as máquinas nunca mais serão feitos por homens, a automatização proveniente de máquinas e computadores, oferece um ganho em produtividade e uma redução de custos, que a princípio oferece a falsa visão que mais pessoas poderão entrar no mercado de consumo e adquirir bens. O mesmo produto que era inatingível para alguns consumidores, décadas atrás, hoje em dia está nas prateleiras a preços muito acessíveis. Mas a questão é: se as pessoas estão desempregadas, qual seria o preço justo a se pagar por um produto?
As novas tecnologias da informação e da comunicação têm tanto aumentado o volume, quanto acelerado o fluxo de atividade em cada nível da sociedade. A compressão de tempo requer resposta e decisões mais rápidas para continuar competitivo. Na era da informação, "tempo" é uma mercadoria crítica e as corporações, atoladas nos antiquados esquemas gerenciais hierárquicos, não podem esperar tomar decisões com rapidez suficiente para acompanhar o fluxo de informações que requerem resolução.
Hoje, um número crescente de empresas está desfazendo suas hierarquias organizacionais e eliminando cada vez mais a gerência média com a compressão de várias funções em um processo único. Também estão usando o computador para desempenhar as funções de coordenação anteriormente executadas por muitas pessoas que, em geral, trabalham em departamentos e locais separados na empresa. Os departamentos criam divisões e fronteiras que inevitavelmente reduzem o ritmo do processo decisório. As empresas estão eliminando essas fronteiras com a reorganização dos funcionários em redes ou equipes de trabalho. O computador tornou tudo isso possível. Agora, qualquer funcionário, em qualquer ponto dentro da empresa pode acessar todas as informações geradas e dirigidas através da organização.
A partir do século XX, especialmente após a 2ª Guerra Mundial, países do chamado terceiro mundo, também passaram por processos de industrialização, como é o caso do Brasil. Nesses países foi muito marcante a presença do Estado nacional no processo de industrialização, e das empresas multinacionais (empresas estrangeiras), que impulsionaram esse processo, e fizeram que alguns países da periferia do mundo hoje sejam potências industriais. Só que diferentemente do que ocorreu nos países do mundo desenvolvido, a industrialização não resultou necessariamente na melhoria de vida das populações, ou no desenvolvimento do país, pois esse processo nos países subdesenvolvidos se deu de forma dependente de capitais internacionais, o que gerou um aprofundamento da dependência externa, como o que é expresso através das dívidas externas, além do que, as indústrias que para cá vieram por já serem relativamente modernas não geraram o número de empregos necessários para absorver a mão de obra cada vez mais numerosa que vinha do campo para as cidades, isso fez com que ocorresse um processo de metropolização acelerado, que não foi acompanhado de implantação de infra-estrutura e da geração de empregos, o que gerou um dos maiores problemas dos países subdesenvolvidos hoje o inchaço das grandes cidades, com os problemas decorrentes do mesmo.

Na década de 1970, a crise do petróleo fez com que emergisse para o mundo algo que já vinha sendo gerado no decorrer do século XX, a 3ª Revolução Industrial, também chamada de Revolução tecnocientífica informacional.
Esta por sua vez correspondia aos avanços tecnológicos em especial da informação e dos transportes, representado por invenções, como por exemplo, a Internet, e os aviões supersônicos. Os avanços nesses setores tornaram o mundo menor, encurtaram as distâncias e em alguns casos aniquilaram o espaço em relação ao tempo, como o que vemos com a telefonia, dentre tantos outros exemplos.
Tudo isso gerou e tem gerado transformações colossais no espaço geográfico mundial, as indústrias buscam a inovação, investem em novas tecnologias, em especial naquelas que poupem mão de obra como a robótica, o desemprego estrutural se expande. Antigas regiões industriais entram em decadência com o processo de desconcentração industrial, surgem novas regiões industriais. Surge a fábrica global, que se constitui na estratégia utilizada pelas grandes empresas internacionais de produzir se utilizando das vantagens comparativas que oferecem os variados países do mundo. A terceirização, também torna-se algo comum, como o que ocorre com empresas de calçados como a NIKE, que não tem um único operário em linhas de produção, pois não produz apenas compra de empresas menores.
Fruto também da revolução tecnocientífica informacional, surgem os chamados Técnopolos, locais, que podem ser cidades ou até mesmo bairros onde se instalam empresas de alta tecnologia como uma Microsoft, em geral associadas a instituições de pesquisa como universidades. É o caso do Vale do Silício nos EUA, Tsukuba no Japão, e cidades como Campinas e São Carlos no Brasil.

Hoje a presença de multinacionais já faz parte do cotidiano de milhões de pessoas no mundo todo, elas comandam os fluxos internacionais, e em alguns casos chegam a administrar receitas muito superiores a de vários países do mundo.
As maiores multinacionais do mundo são dos EUA, seguidas de japonesas e européias. Empresas desse tipo surgidas em países do mundo subdesenvolvido ainda são poucas, e não tão poderosas como dos primeiros.
No Brasil, a chegada delas se deu, principalmente a partir do governo de JK, que abriu a economia nacional ao capital internacional proporcionando grande internacionalização da economia, por outro lado também beneficiou multinacionais, como por exemplo, na opção pela via rodoviarista de transportes para o Brasil, que naquele momento atraiu várias multinacionais produtoras de automóveis, mas que condenou os brasileiros a pagarem os custos mais elevados desse tipo de transporte.
Hoje a presença delas no Brasil é muito intensa e numerosa, elas sendo responsáveis por grande parte da drenagem de capitais que saem do país através das remessas de lucros.





Bibliografia:
www.portaldomarketing.com.br/ Artigos/O%20Fim%20dos%20Empregos.htm
http://www.ime.usp.br/~is/ddt/mac339/projetos/fim-dos-empregos/tercRevInd.htm
http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t1314.asp

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

CÓRREGO DO CAVALO


1 - Introdução:


Estivemos na Bacia Hidrográfica do Córrego do Cavalo, em Uberlândia, para efetuar um trabalho para a matéria de Biogeografia, fizemos análises investigativas em relação às vertentes, com o objetivo de descrever as transformações e as características geomorfológicas que desenvolveram com a ação da natureza e do homem. Nesta investigação tivemos a oportunidade de mapear a bacia hidrográfica do córrego distinguindo os divisores de água em relação à outras bacias, curvas de níveis, ravinas, erosões, boçorocas, assoreamento, mapas nativas, matas ciliares, ação das chuvas, a emissão de esgotos e outros tipos de agressões que tem ocorrido na bacia hidrográfica. Para fazermos relações da dinâmica desta bacia, tivemos que fazer uso de alguns conhecimentos que adquirimos ao longo do curso de Geografia. Conhecimentos esses que nos foi passado nas matérias de Geomorfologia I e II. Embora não tendo ainda um conhecimento mais aprofundado sobre os relevos da nossa região, não foi difícil analisar as transformações ali ocorridas, uma vez que, esses processos são comuns em quase todos os córregos e rios da nossa região.


Relatório de campo:

Córrego do Cavalo

Como característica da maioria das nascentes dos córregos da nossa cidade, as veredas estão sempre presentes e segundo as observações feitas por nós, há uma crescente degradação e destruição dessas veredas e das matas ciliares em torno do Córrego do Cavalo. Todo o complexo da cabeceira do córrego, têm características bem definidas, os interflúvios que definem a bacia inicia entre os bairros: Taiamã, Tocantíns, Luizote de Freitas e Talismã, a oeste do centro da cidade. A geomorfologia da bacia é diversificada com a presença de áreas com formas côncavas e convexas, ravinas, erosões com processos acelerados e que tem aumentado rapidamente. No bairro Tocantíns, o córrego recebe toda a carga das águas provenientes das chuvas e como conseqüência tem acelerado o processo de erosão. Apesar de não ser a única causa desse processo, a falta da vegetação ao longo do vale também tem sua parcela importante de contribuição para a dinâmica desses processos.
A bacia do Córrego do Cavalo, é formado por camadas de arenito, as quais se constituem em áreas para o desenvolvimento da vegetação, porém com a urbanização em torno da bacia fez com que os processos de ravinamento, erosões aumentassem e a calha do córrego com a evolução do canal de drenagem, tem seu nível de base no basalto que é resultado dos derrames que ocorreram na nossa região. Na vertente à esquerda onde o córrego se encontra com o Rio Uberabinha, existe uma exploração muito grande desse basalto, que é muito utilizado na construção civil e no asfaltamento de estradas e ruas. Devido a falta de conservação da vegetação tanto nas margens como em volta, o córrego tem recebido muita poluição que vem da população que mora perto, lixos que são jogados, a utilização do córrego como área de escape das águas sujas e dos lixos gerados por empresas que estão instaladas às margens do córrego.
Por isso é preciso que as autoridades competentes e os órgãos ambientais estejam engajados na luta para a recuperação e preservação do Córrego do Cavalo e dos demais córregos que fazem parte das bacias hidrográficas da nossa cidade. As últimas pesquisas tem mostrado uma crescente degradação desses córregos e a cidade está perdendo locais que poderiam ser preservados e transformados em áreas de lazer e de beleza natural.


Considerações Finais:

O trabalho que realizamos de investigação e análises da bacia do Córrego do Cavalo, foi de grande importância para nós alunos no sentido de fomentar a essência da construção do saber. A Geografia como um todo, têm nos dado uma dimensão muito grande de conhecimentos que fazem relação com o nosso dia a dia, que até então, nos tinha passado despercebido. Para nós que estamos construindo uma carreira de educador, é evidente que essas experiências vão embasar e muito na elaboração dos questionamentos e da criticidade dos processos de destruição e de transformação não só da nossa região, mas também, em qualquer lugar do planeta. Nós, como alunos de Geografia, estamos a cada dia que passa podendo perceber o quanto é importante para a formação do ser a integração dos alunos com os processos vivos e naturais das mudanças e dos processos de construção dos nossos bairros, cidades e também da formação de uma sociedade que tem evoluído a cada dia que passa e, ao mesmo tempo, tem sofrido com a inconseqüência dos resultados de todos os processos de transformação. Alem de ajudar na construção de nossos conhecimentos teóricos, trabalhos como esse nos ajudam no relacionamento com os colegas, pois é uma oportunidade de sairmos a campo para observar tudo aquilo que foi estudado em sala de aula, e que as vezes na teoria não ficou tão claro. Por isso, é preciso que tenhamos consciência da nossa responsabilidade como geógrafos e colocar em prática tudo aquilo que nos foi ensinado durante o curso e provar que com respeito ao meio ambiente e compromisso com a ética dos compromissos que teremos como educador, poderemos construir um lugar melhor de viver. Com integração da natureza no meio em que vivemos, com a integração da sociedade na educação das crianças com o objetivo de preservara natureza e com a percepção e sensibilidade da população.

Erlon Moreira Castilho
7º Período (Geografia)
FCU - Faculdade Católica de Uberlândia
erlonmoreira@yahoo.com.br

O QUE É FATO SOCIAL?


“ O que é fato social?”

- Reproduzido de DURKHEIM, E. “ O que é fato social?” In: As Regras do Método Sociológico. Trad. por Maria Isaura Pereira de Queiróz. 6ª ed. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1972. P. 1-4, 5, 8-11.

- Conhecido como o maior sociólogo francês, Durkheim é também um dos maiores sociólogos modernos. Criou a famosa “Escola Sociológica Francesa” e participou ativamente do debate intelectual dos grandes problemas de nossa época. Autor de vários livros clássicos – A Divisão do Trabalho social, O Suicídio, As Regras do Método Sociológico.



- Foi o primeiro do uso rigoroso da indução na Sociologia e o verdadeiro fundador da Sociologia Comparada, demostrando que podem estudar as variações contínuas (dentro de um mesmo “tipo social”) e as variações descontínuas (através de “tipos sociais diversos”) por meio da classificação.


“É fato social toda maneira de agir fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou então ainda, que é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter.”

“...DURKHEIM, quando faz esta indagação “O que é fato social?” tem como propósito aprofundar alguns conhecimentos no que se refere aos estudos da “Praxis” do cotidiano da sociedade. E referendando alguns conceitos não limita a compreensão de todo o processo indutivo e coercitivo na forma do inter-relacionamento comunitário. É quando desempenha deveres e obrigações, é que se está sendo condicionado a exercer um papel social imposto, uma vez que, quando do nascimento já está imposto todo esse processo de procedimentos nos quais não tem como se rebelar. Há nos dias atuais exemplos clássicos desses procedimentos, é quando são tomadas posições contrárias aos métodos sociais que, embora na concepção tenha uma conduta relevante, serão totalmente excluídos do processo. A pressão de todos os instantes que sofrerá, é a própria pressão do meio social tendendo a moldá-la à sua imagem. Chegará assim a conceber de maneira precisa qual domínio da sociedade.”

- Durkheim em suas obras, abriu um campo inédito na utilização do dados estatísticos (ao estudar o suicídio) e lançou as bases de uma nova compreensão sociológica da educação. Além disso, congregou em torno de si uma plêiade de seguidores e de discípulos, que deram a França uma importância singular como centro de produção e disseminação do pensamento sociológico.





Erlon Moreira Castilho
3º Período de Geografia
FCU – Católica de Uberlândia

MERCADO MUNICIPAL DE UBERLÂNDIA

Mercado Municipal de Uberlândia – Feira Gastronômica



“A produção espacial realiza-se no plano do cotidiano e aparece nas formas de apropriação, utilização e ocupação de um determinado lugar, num momento específico, e revela-se pelo uso como produto da divisão social e técnica do trabalho que produz uma morfologia espacial fragmentada e hierarquizada. Uma vez que cada sujeito se situa num espaço, o lugar permite pensar o viver, o habitar, o trabalho, o lazer, enquanto situações vividas, revelando, no nível do cotidiano, os conflitos do mundo moderno.” (CARLOS, 1996, p. 26).


O Mercado Municipal de Uberlândia mantém esta característica, é também um resgate de tradições culturais que foram e estão sendo esquecidas com o advento de uma sociedade urbana moderna. Preocupado com essa realidade a Secretaria de Cultura em conjunto com a população de Uberlândia, não tem medido esforços para reverter esse quadro e tem como objetivo principal perceber os fragmentos da vida cotidiana dos freqüentadores do Mercado Municipal de Uberlândia, bem como perceber se o Mercado Municipal é um espaço de manutenção/resgate das tradições culturais da população uberlandense.
O Mercado Municipal de Uberlândia teve sua inauguração oficial em 25 de dezembro de 1944, situado na rua Olegário Maciel número 255, onde se encontra até hoje. Apesar da inauguração em dezembro de 1944, a construção do Mercado Municipal tem sua origem de 1923, com o Decreto-Lei de 13 de janeiro de 1923, autorizando a construção do mesmo. Ele em sua origem, era composto pelo prédio central (com lojas, sanitários, bares e um pavimento superior que abriga a Banda Municipal) e o pátio (destinado à comercialização hortifrutigranjeira).
O mercado se destinava, de acordo com o decreto nº 132 de 08/08/45, que regulamentava o serviço do mesmo, ao varejo dos produtos alimentícios da pequena indústria agropecuária, avícula ou extrativa, além de que, nas lojas eram vendidos artigos de armarinho de baixo preço, fazendas grossas, peças de vestuário, instrumento de lavoura e utensílios caseiros. (Prefeitura Municipal de Uberlândia)
Com a iniciativa de um grupo de pessoas da comunidade, a co-realização da Secretaria de Cultura e o apoio do Mercado Municipal de Uberlândia, são realizadas em todas as terceiras quintas-feiras do mês, a Feira Gastronômica. Um projeto ambicioso que tem como objetivo realizar uma parceria dos melhores restaurantes de Uberlândia com o Mercado Municipal, e apresentar para a população o que de melhor temos na arte-culinária brasileira, assim como, uma variedade de pratos típicos de outros países. Podemos destacar a Espanha, Estados Unidos, China, Portugal, Alemanha, Suíça, Japão e vários outros países que estão muito bem representados nos vários restaurantes instalados em Uberlândia.
A importância dessa Feira Gastronômica no Mercado Municipal de Uberlândia não é apenas de apresentar à população a tradição e a cultura alimentar desses países, mas também, que é possível integrar e inter-relacionar o espaço com objetivos de transformar e identificar fragmentos da vida cotidiana dos freqüentadores. Devemos destacar também que esta feira não é simplesmente um espaço do consumo, produto direto das trocas econômicas, mas sim um espaço em que estabelecem relações entre sujeitos, relações humanas, que vão além das relações econômicas. Além disso, devemos entender o Mercado Municipal não só espaço da vida cotidiana, mais também como espaço de resgate da cultura mineira e das outras regiões do Brasil, em especial a cozinha.



Referência Bibliográfica:

http://www.igeo.uerj.br/VICBG-2004/Eixo1/e1_cont018.htm

A ABORDAGEM HISTÓRICO-CULTURAL


A abordagem histórico-cultural

L. S. Vigotsky


Mediação: uma idéia central para a compreensão de suas concepções sobre o desenvolvimento humano como processo sócio-histórico é a idéia de mediação: enquanto sujeito do conhecimento o homem não tem acesso direto aos objetos, mas acesso mediado, através de recortes do real, operados pelos sistemas simbólicos de que dispõe, portanto enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada por várias relações, ou seja, o conhecimento não está sendo visto como uma ação do sujeito sobre a realidade, assim como no construtivismo e sim, pela mediação feita por outros sujeitos. O outro social, pode apresentar-se por meio de objetos, da organização do ambiente, do mundo cultural que rodeia o indivíduo.
Internalização: A cultura fornece ao indivíduo os sistemas simbólicos de representação da realidade, ou seja, o universo de significações que permite construir a interpretação do mundo real. Ela dá o local de negociações no qual seus membros estão em constante processo de recriação e reinterpretação de informações, conceitos e significações. E é fundamental para o desenvolvimento do funcionamento psicológico humano. A internalização envolve uma atividade externa que deve ser modificada para tornar-se uma atividade interna, é interpessoal e se torna intrapessoal.
O princípio da abordagem de Vygotsky é a dimensão sócio-histórica, sua vida em sociedade, seu funcionamento psicológico, se constróem nas suas relações pessoais e inter-pessoais. Nessas relações, consiste no fato de colocar à disposição da criança um poderoso instrumento: a observação. No processo de aquisição, este instrumento se converte em uma parte integrante das estruturas psíquicas da criança, a evolução do conhecimento. Porém, existe algo mais: as novas aquisições (o raciocínio), de origem social, operam em interação com outras funções mentais, por exemplo, o pensamento. Deste encontro nascem funções novas, como o pensamento intelectual (capacidade de observar, decifrar, entender e raciocinar a respeito). A atenção, assim como a percepção e a memória, é uma atividade psicológica com a qual nascemos.
O fundamental no desenvolvimento não constitui no progresso de cada função considerada em separado, mas sim, na mudança das relações entre as diferentes funções, tais como a memória lógica, o pensamento verbal, etc..., isto quer dizer, o desenvolvimento consiste na formação de funções compostas, de sistemas de funções, de funções sistemáticas e de sistemas funcionais.
A partir desse pressuposto, Vygotsky considera que, a relação entre o homem e o meio físico e social não é natural, total e diretamente determinada pela estimulação ambiental (o meio influencia o desenvolvimento do conhecimento). E também não é uma relação de adaptação do organismo ao meio. Assim, da mesma forma que atua sobre a natureza, transformando-a, o homem atua sobre si próprio, transformando sua forma de agir. Nessa forma de pensar, Vygotsky coloca em discussão os indicadores de desenvolvimento utilizados pela psicologia da época.
Segundo a abordagem histórico cultural, a relação entre homem e meio é sempre mediada por produtos culturais humanos, como o instrumento e o signo, e pelo outro. O signo como instrumento psicológico, é utilizado pelo homem para representar algo para se tornar presente algo que está ausente. A partir da orientação externamente do instrumento, o signo é orientado internamente modificando o funcionamento psicológico do homem. Desse modo, a abordagem histórico-cultural considera que toda função psicológica se desenvolve em dois planos: o primeiro na relação entre indivíduos, e depois, no próprio indivíduo.
Na escola os processos de aprendizado transformam-se em processos de desenvolvimento, modificando os mecanismos biológicos da espécie. Sendo um processo constituído culturalmente, o desenvolvimento psicológico depende das condições sociais em que é produzido, dos modos como as relações sociais cotidianas são organizadas e vividas e do acesso das práticas culturais.
Sua proposta, então, era a que trabalhasse também com indicadores de desenvolvimento proximal, (indicadores de soluções que a criança consegue atingir com a orientação e a colaboração de um adulto ou de outra criança. O desenvolvimento proximal como desenvolvimento em elaboração possibilita a participação do adulto no processo de aprendizagem da criança. Na escola, as relações de conhecimento são intencionais e planejadas. A criança sabe que está ali para apropriar-se de determinado tipo de conhecimentos e de modos de pensar e de explicar o mundo, organizados segundo uma lógica que ela deverá aprender.
Graças à teoria de Vygotsky introduziu-se na psicologia contemporânea, de modo direto ou indireto, todo um conjunto de novos problemas de investigação empírica que se revestem da maior importância para a educação: investigações sobre a sociabilidade precoce da criança que tem contribuído para uma melhor compreensão da primeira infância; as relações entre as interações sociais e o desenvolvimento cognoscitivo; as atuais investigações sobre a mediação semiótica, o papel que desempenham os sistemas semióticos no desenvolvimento mental e desenvolvimento da linguagem; são todas fortemente influenciadas pelas teses de Vygotsky, entre tantas outras.



Aluno: Erlon Moreira Castilho
Disciplina: Psicologia da Educação
Profª: Marilane
Tema: A abordagem histórico-cultural
erlonmoreira@yahoo.com.br

REFUNCIONALIZAÇÃO DA METRÓPOLE


O estudo da realidade nunca deve ser dissociado, nunca apenas as ações ou apenas os objetos, assim como nunca apenas o sistema Capitalista, ou apenas as realidades específicas. Deve-se sempre buscar um movimento de Totalização das várias perspectivas de análise; a Totalidade (como por exemplo, o sistema Capitalista, mais especificamente a Globalização), que possui características próprias de realidade e existência, apenas pode ser plenamente observada e estudada considerando-se as realidades locais, específicas. Da mesma forma que as realidades específicas não existem sem a Totalidade. Uma cidade, uma realidade sócio-econômica não pode ser observada sem o conjunto do Capitalismo, ao mesmo tempo em que possuem realidade e características específicas, mas sempre dentro do Capitalismo. Podemos agora dizer a relevância do estudo de áreas específicas para o estudo do Espaço. A própria Divisão do Trabalho se manifesta em tempos diferenciados, em diferentes temporalidades.

A Divisão do Trabalho sofre influência direta das Divisões anteriores, das diferentes configurações dos modos de produção ao longo do tempo e da História. Em função disso, o Espaço é diretamente determinado pelos diferentes temporalidades da Divisão do Trabalho, o estudo das Formações Sócio-Espaciais é também o estudo destas diferentes temporalidades da Divisão do Trabalho em diferentes locais, ou seja, em diferentes Espaços. A Divisão do Trabalho não afeta o Espaço apenas no que se refere às relações de trabalho, mas também o meio ambiente construído.

As interações espaciais constituem um amplo e complexo conjunto de deslocamentos de pessoas, mercadorias, capital e informação sobre o espaço geográfico. Pode apresentar maior ou menor intensidade, variar segundo a freqüência de ocorrência e, conforme a distância e direção caracterizarem-se por diversos propósitos e se realizar através de diversos meios e velocidades. (...) No entanto, as interações espaciais devem ser vistas como parte integrante da existência (e reprodução) e do processo de transformação social e não como puros e simples deslocamentos de pessoas, mercadorias, capital e informação no espaço. No que se refere à existência e reprodução social, as interações espaciais refletem às diferenças de lugares face às necessidades historicamente identificadas.

No que se referem às transformações, as interações espaciais caracterizam-se, preponderantemente por uma assimetria de relações que tendem favorecer um lugar em detrimento do outro, ampliando as diferenças já existentes, isto é, transformando os lugares. A intersecção entre turismo e cultura nos últimos anos produziu uma nova forma de apreensão do espaço enquanto produto passível de consumo. O turismo é um dos argumentos pelo qual o capitalismo penetra, altera o conteúdo de cultura daquele lugar e transforma em mercadoria. Entre as estratégias adotadas, encontra-se a necessidade forjada de se criar um grande equipamento com forma arquitetônica arrojada para acarretar a renovação urbana de dado lugar.

Hoje a cidade apresenta dinamismo questionável. O recente esvaziamento econômico metropolitano evidencia uma grave crise estrutural. De fato, a cidade apresenta características internacionais, porém não centraliza um conjunto de atividades essenciais à gestão da economia mundial.

A economia das cidades passou por um incontestável cenário de mudanças decorrentes do processo de reestruturação produtiva. Parte delas absorveu os ganhos da nova economia e outras ficaram resignadas ao processo de declínio industrial. Muitas vezes, isso ocorreu dentro do mesmo Estado nacional, utilizando exemplos de casos europeus e norte-americanos, entende que se estaria entrando em uma nova modalidade nas relações entre as nações e as cidades globais. Para a autora, no período atual, a competição entre cidades estaria substituindo a competição interestatal.

Neste processo, as grandes cidades assumiriam papel estratégico ligados ao comando da organização da economia mundial e da atividade de produção, potencialmente mais dispersa. Trata-se de um intenso processo de mundialização das grandes metrópoles. Para Milton Santos (1994, p. 20), a metrópole vive no período atual seu terceiro momento de mundialização: o primeiro por meio do comércio, na virada do século XIX para o XX; o segundo por meio da produção industrial, a partir de meados do século XX; e, por último, a fase atual da metrópole global, “cujas atividades hegemônicas se utilizam da informação como base principal de seu domínio”. Isso é, a relação entre a internacionalização e as cidades passa pela mundialização dos lugares.



Erlon Moreira Castilho

7º Período (Geografia)

FCU – Faculdade Católica de Uberlândia

erlonmoreira@yahoo.com.br

PROCESSOS EROSIVOS: VOÇOROCAS



Invariavelmente, todos os anos na época das chuvas mais intensas, a imprensa brasileira vem à carga com as mesmas notícias trágicas sobre mortes estúpidas e perdas materiais relacionadas a escorregamentos em áreas urbanizadas junto à Serra do Mar.
Importante se repetir: são tragédias inteiramente gratuitas e que ocorrem unicamente porque a administração pública e os interesses e decisões de caráter privado insistem em não levar em conta os diagnósticos e as orientações de caráter técnico que a Geologia de Engenharia vem insistentemente e largamente produzindo nestas últimas décadas em nosso país.
É preciso entender-se de uma vez por todas que os escorregamentos são fenômenos naturais na Serra do Mar, como em todas as regiões serranas tropicais. Ou seja, são fenômenos que ocorrem independentemente da ação do Homem. Obviamente eles ocorrem naturalmente segundo determinadas leis da geologia e da geomorfologia, e concentram-se especialmente em determinadas feições de relevo, como veremos um pouco mais adiante.
O autor tem como absolutamente certo que os únicos escorregamentos naturais em solo na Serra do Mar são os translacionais rasos sem superfície de ruptura definida. Esses escorregamentos são notadamente associados ao terço superior de encostas retilíneas com inclinações superiores a 30o e limitadas a montante por rupturas de declive positivas. A ocorrência generalizada desses escorregamentos está comprovadamente relacionada a históricos pluviométricos caracterizados por prolongadas chuvas de saturação culminadas com episódios de alta pluviosidade concentrada.
O autor considera que a dinâmica desses escorregamentos é associada às trincas de tração, normalmente ocorrentes logo abaixo das rupturas de declive, em uma zona de tração máxima promovida pelas diferenças de intensidade do rastejo dos solos superficiais a montante e a jusante da ruptura de declive. Essas trincas, ampliadas quando de chuvas de saturação prolongadas, permitem, quando de episódios de alta pluviosidade concentrada, uma direta, volumosa e rápida entrada de água no horizonte (solo e blocos de rocha) imediatamente inferior aos solos superficiais, com a formação aí de bolsões instantâneos de água (fornecimento, maior que capacidade de drenagem) que, a depender da relação de esforços resistentes e atuantes, podem “explodir” provocando um verdadeiro desmonte hidráulico na “raiz” do escorregamento. O material a jusante da raiz é mobilizado por arraste ou sobrecarregamento. O som dessa “explosão” inicial é invariavelmente descrito por testemunhas desses escorregamentos. A aceitação e/ou a comprovação dessa hipótese fenomenológica para os escorregamentos planares naturais da Serra do Mar implicará em concluir-se que as atuais interpretações e explicações que a Engenharia Geotécnica, e a Mecânica dos Solos em particular, vêm oferecendo para esses eventos estão totalmente equivocadas.
O NA do lençol freático é normalmente muito profundo na Serra do Mar, especialmente nas zonas das encostas onde se dão os escorregamentos translacionais rasos, não se associando nunca, portanto, à dinâmica desses fenômenos.
Escorregamentos rotacionais em solos na Serra do Mar só ocorrem quando associados a algum tipo de intervenção humana (desde desmatamentos até mutilações do terreno). Ao longo de toda sua vida profissional, o autor nunca testemunhou e nunca soube de registros falados ou escritos da ocorrência natural de escorregamentos rotacionais, assim como de algum tipo de movimentação natural rápida de depósitos coluvionares de meia encosta e de corpos de tálus.


PINTURA A CAL: UMA PODEROSA ARMA NO COMBATE À EROSÃO.

A TECNOLOGIA CAL-JET

Geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos

A dimensão dos processos erosivos em áreas urbanas (especialmente nas zonas de expansão urbana) e dos processos erosivos associados a obras civis (obras viárias, empreendimentos industriais e comerciais, dutovias, linhas de transmissão, etc.) tem evoluído exponencialmente no país, implicando em altíssimos custos sociais, econômicos e patrimoniais para a toda a sociedade. Consideradas suas condições geológicas e seu clima tropical, a quase completa ausência de maiores cuidados técnicos preventivos e corretivos no combate à erosão em todo o país, seja por descuido, seja por desconhecimento técnico, constitui o principal núcleo causal desse gravíssimo problema.
No caso específico da Região Metropolitana de São Paulo, a expansão urbana tem alcançado progressivamente terrenos topograficamente mais acidentados e geologicamente extremamente susceptíveis à erosão, e via de regra implicado em intensas e extensas operações de terraplenagem (na trágica cultura de se adaptar a natureza aos projetos, ao invés de se adequar os projetos à natureza), as quais têm exposto, invariavelmente e por longo espaço de tempo, grandes superfícies de solos à ação dos processos erosivos pluviais. Esta erosão é a origem do fantástico assoreamento de córregos, rios, bueiros, galerias de drenagem, constituindo-se em uma das principais causas das enchentes metropolitanas. Esses mesmos processos erosivos revelam-se também no preocupante assoreamento dos lagos/reservatórios componentes do sistema de abastecimento de água da região.
A erosão compromete assim tanto a área fonte dos sedimentos, destruindo a infra-estrutura aí atingida, como as áreas para onde esses sedimentos são transportados pelas águas de chuva. Somente nos municípios da Grande São Paulo, centenas de milhões de reais são gastos anualmente no desassoreamento do rio Tietê e seus afluentes e no enfrentamento das enchentes decorrentes. A liberação média de sedimentos por erosão está já na ordem de 10 a 15 toneladas/ha/ano na RMSP, o que implica em volumes anuais de até 3.500.000 metros cúbicos de sedimentos liberados para o assoreamento das drenagens.
Ainda que o fenômeno erosão já tenha sido razoavelmente estudado e medidas preventivas e corretivas venham sendo insistentemente recomendadas pelo meio técnico, o problema vem ainda, infelizmente, ocorrendo em larga escala, especialmente pela providência de combate à erosão junto à sua fonte de origem não ter sido até hoje considerada e priorizada. Para a implementação dessa providência seriam necessárias medidas de caráter preventivo e de caráter corretivo.
Naquilo que se refere às medidas de caráter corretivo, ou seja, de proteção das superfícies de solo já expostas à erosão, pode-se afirmar que sua não aplicação generalizada encontra certamente uma enorme dificuldade devido ao altíssimo custo das alternativas mais conhecidas e comercialmente disponíveis para tanto: gramíneas em placa, hidrossemeadura, geo-texteis, aplicação de telas fixantes, etc.), uma vez que, no caso em questão, está envolvida a necessidade da proteção de enormes extensões de área. O uso alternativo de emulsão asfáltica é totalmente desaconselhável, dadas suas graves conseqüências de ordem ambiental.
Acrescentem-se outras variáveis complicadoras como as comuns características de baixa fertilidade dos solos de alteração, os diversos tipos de exposição desse solo (taludes de corte das mais variadas alturas e inclinações, aterros, bota-foras, áreas planas e semi-planas, etc.), as diferentes condições de insolação de cada exposição, etc.
Neste cenário, evidencia-se que o oferecimento de uma nova técnica de proteção de solos contra a erosão, de aplicação simples, eficaz e economicamente viável, é fundamental para o sucesso de um programa de combate à erosão e, decorrentemente, terá imediata aceitação e grande mercado potencial de aplicação, tanto pelos agentes públicos como pelos agentes privados responsáveis pelos diversos tipos de empreendimentos referidos, possibilitando, então, uma expressiva redução dos processos erosivos e do conseqüente assoreamento da rede natural e construída de drenagem pluvial, com enorme economia para a sociedade e reflexo no combate às enchentes.
A técnica para tanto desenvolvida é baseada na pulverização de calda fluida de cal com aglutinantes sobre as superfícies de solo a serem protegidas, tendo como denominação a expressão “Cal-Jet”. O grande trunfo da técnica Cal-Jet é assegurado pela conjunção dos seguintes atributos: baixo custo, praticidade de aplicação e alto rendimento na aplicação (m²/dia/operador).
Importante considerar que a proteção de solos contra a erosão através da aplicação de pintura de cal, ainda que em pequena escala, já foi usada no passado em taludes viários. O próprio autor desse artigo, e responsável por esse novo desenvolvimento tecnológico, utilizou a técnica com pleno sucesso em taludes viários. Porém, restritamente e com a pintura aplicada com rolos e/ou broxas, fato que impõem alguns problemas operacionais e considerável limitação de rendimento. O objetivo atual foi justamente proporcionar uma técnica de aplicação de fácil manejo e de grande rendimento, portanto propícia para a proteção de grandes superfícies, contínuas ou descontínuas. Esse objetivo foi alcançado através do expediente da pulverização da calda de cal sobre as superfícies de solo a serem protegidas. A pulverização foi possibilitada através da utilização, com pequenas adaptações, de pulverizadores de uso agrícola, tanto os pulverizadores costais manuais, como pulverizadores motorizados
Algumas avaliações iniciais de custos indicam que a proteção de superfícies de solo contra a erosão com a utilização da técnica Cal-Jet resultará custos da ordem de 30 a 50 vezes menores em relação às técnicas clássicas de proteção como grama em placa, hidrossemeadura, mantas vegetais, etc.
A aplicação da técnica Cal-Jet poderá atender situações de proteção permanente (aplicações manuais experimentais realizadas pelo autor em taludes de diversas naturezas geológicas e pedológicas, sem cuidados técnicos especiais, demonstraram durabilidade funcional de pelo menos 3 anos - tempo de duração da observação), ou provisória, quando se pretenda no futuro substituir a pintura de cal por algum tipo de revestimento vegetal de caráter paisagístico.
Aspecto positivo importante ainda a se considerar é a neutralidade ambiental da técnica proposta, tanto do ponto de vista estético (permitindo inclusive a utilização de corantes adequados a cada diferente situação) e o não comprometimento dos solos protegidos (diferentemente das emulsões asfálticas) para eventuais futuras proteções vegetais.
Outro fator extremamente facilitador e conveniente está em que o talude ou superfície de solo a ser protegida não demandaria uma operação anterior de regularização, uma vez que a pulverização atingiria todas as eventuais irregularidades da superfície (pequenas cavidades, buracos, sulcos...).
O desenvolvimento da nova técnica está praticamente concluído, sendo atualmente cumprida uma última etapa de testes de campo para aferição final de alguns procedimentos e para quantificação de fatores de rendimento.
Várias empresas privadas e instituições de pesquisa, entre elas o IPT, estão participando desse projeto, com a cessão de materiais, equipamentos, aperfeiçoamento de componentes, execução de testes experimentais, etc. É senso comum a todas as empresas e instituições participantes, e também ao coordenador do projeto, que não serão requeridos patenteamentos de equipamentos e procedimentos, de forma a não criar nenhuma dificuldade à disseminação, divulgação e uso da técnica por todos agentes sociais interessados.


Erlon Moreira Castilho
7º Período (Geografia)
FCU - Faculdade Católica de Uberlândia
erlonmoreira@yahoo.com.br

O MILAGRE DA INTELIGÊNCIA HUMANA


P.P.P. IV – Análise de reportagem sobre “educação” dos últimos seis meses:


Informática: Ciência que estuda o tratamento das informações em todas as suas fases (coleta, armazenamento, classificação, etc.) valendo-se de máquinas processadoras de dados. Ex.: O computador. (Ximenes – 2000)


O milagre da inteligência humana


A educação tem evoluído muito nos últimos tempos, a exemplo disso é a informática que tem colaborado nesse processo. Antigamente quando professores e alunos tinham que realizar suas pesquisas, contavam apenas com alguns livros disponíveis ou aguardar lançamentos de outros. A velocidade das informações ainda eram lentas, se precisassem dessas informações com mais rapidez, as pessoas teriam que ir em busca das mesmas.
Hoje a realidade é outra, com apenas o toque numa tecla é possível viajar em um mundo de informações inimagináveis, os computadores (CPU-Unidade Central de Processamento) recebem informações do mundo todo através da Internet, reorganiza essas informações e apresenta em forma de textos, imagens, livros, enciclopédias, filmes, etc. A educação talvez tem sido uma das áreas mais privilegiadas com essas informações, tanto as escolas como os alunos tem tido uma facilidade imensa para realizar pesquisas didáticas, elevando conhecimentos que a pouco eram restritos a algumas pessoas e, atualmente em tempo quase real. Tem sido muito útil no processo de construção do aprendizado e na elaboração da formação do conhecimento e do entendimento das transformações, mudanças e construção de um novo modo de vida, novo modelo de sociedade.
Talvez para alguns essa idéia seja um pouco utópica, tenho certeza de que a evolução científica através da inteligência humana vai melhorar ainda muito mais na velocidade das informações, nas necessidades do ser humano de viajar num mundo que antes era sonho e que hoje está se transformando em realidade. No estudo da Geografia temos hoje programas de computadores que nos facilitam conhecer várias regiões do mundo sem sair do lugar, o GOOGLE EARTH, é um site de pesquisa onde podemos ver o mundo todo tanto nas questões espaciais, como num estudo mais aprofundado sobre a Geomorfologia, Geologia, Pedologia, Cartografia, enfim, tudo o que você quiser saber sobre a Geografia do mundo abrangendo vários aspectos. A organização não-governamental Wikmedia Fundation que gerencia o projeto Wikpedia desde 2000, é outra prova de que o processo de informações voltadas às pesquisas na área de educação tem causado impactos muito grandes no desenvolvimento das inteligências múltiplas dos seres humanos e que tem colaborado na formação de um novo ser, de uma nova geração. O "Wikpedia" é uma enciclopédia virtual como tantas outras que atualmente tem fomentado de informações as pessoas que tem hábito ou objetivo de adquirir novos conhecimento através das informações advindo de onde quer que seja, inclusive através de um veículo que a cada dia faz parte de nossas vidas.


Erlon Moreira Castilho
4º período de Geografia
F.C.U. Faculdade Católica de Uberlândia
P.P.P. Pesquisa e Prática Pedagógica
Professores: Suely Gomes e Mauro Mendonça

erlonmoreira@yahoo.com.br

MIRAPORANGA


FCU – CATÓLICA DE UBERLÂNDIA
Trabalho de Campo
“Bacia do Douradinho”
Outubro – 2005
FCU – CATÓLICA DE UBERLÂNDIA
Trabalho de Campo
“Bacia do Douradinho”
Trabalho de campo realizado pelos alunos
do 4º período do curso de Geografia da
FCU – Católica de Uberlândia, no dia:
02/10/2005, orientados pela professôra:
Angela Maria Soares.
Outubro - 2005
Trabalho de Campo: Córrego Douradinho



No dia 02/10/2005, nós alunos do 4º período do curso de Geografia da FCU – Católica de Uberlândia, orientados pela professôra Angela Maria Soares, realizamos um trabalho de campo na bacia do Córrego Douradinho com o objetivo de fazer-mos um levantamento sobre os resultados das transformações que tem passado essa bacia, com as ações da natureza e a intervenção do homem. Durante o percurso realizamos algumas paradas onde tivemos a oportunidade de presenciar e testemunhar através de observações e análises do relevo dessa região, os impactos ocorridos nas últimas décadas, principalmente pela ação do homem.
1ª Parada: Pólo Petroquímico
Nos fundos do bairro Morada Nova entre as nascentes do córrego Douradinho e Rio das Pedras, está localizado o Pólo Petroquímico ao lado da nascente do córrego do Major, divisor de águas entre as bacias hidrográficas dos rios Uberabinha, Tijuco e Rio da Babilônia. Essa região se destaca por ter menos canais de drenagem, área mais limpa, os interflúvios são mais longos e fazem parte da área de nascente do Bom Jardim e Uberabinha que recebeu o nome de área elevada de cimeiras planas com topos largos (Prof. Claudete). A unidade do vale do Araguari é denominada de unidade intensamente dissecada, porque realizou um trabalho muito grande de esculturação das vertentes. As Veredas de nossa região estão localizadas nas superfícies de áreas medianamente dissecadas com altitudes entre 700 a 800m.
Aproximadamente dois anos atrás foi renovado a “licença ambiental” para o funcionamento das empresas que fazem parte do Polo Petroquímico, onde os técnicos ambientais fizeram advertências a essas empresas da importância da recuperação dessa área, a erosão formada naquela região já estava chegando perto dos limites das instalações dessas empresas em uma região onde antigamente era uma boçoroca, local onde as empresas fizeram uma canalização para emitir a água da chuva que caía nos pátios, além de entulharem a boçoroca e fazer curvas de níveis construiram um dissipador de águas – cucurucos de concreto para diminuir a força da água – e além disso fizeram entulhamento e um dreno com matacões de basalto com uma tela, ou seja, tentar amenizar os impactos que já vem causando muita degradação nessa região por causa das obras realizadas neste local.
2ª Parada: Córrego Douradinho
Na região do Douradinho perto da Escola Municipal Presidente Costa e Silva, as erosões tem aproximadamente mais de um século, se analisarmos fotografias da época de 1969/1970, iría-mos perceber que já existiam boçorocas muito grandes, e as origens dizem os pesquisadores, iniciaram a partir de valas de separação de propriedades, ao invés de os fazendeiros fazerem sercas, preferiram fazer valas pelo fato, as fazendas serem muito extensas. Além disso a retirada do cerrado também contribuiu no crescimento dessas valas e a formação dessas imensas boçorocas. Essa era uma região de matas exuberantes, e podemos dizer que a retirada das matas foram para a formaçãode pastos para a criação de gado, além disso a coracterística do solo contém mais areia do que argila tornando mais propício ao processo de lixiviação dos sedimentos para os vales, o pisoteio do gado também influencia nesses processos.
A partir do interflúvio – divisor de água – das bacias do Córrego Gordura com o Córrego dos Macacos, está ocorrendo uma captura do Gordura em relação ao Córrego dos Macacos, a natureza vem trabalhando para desmontar esse interflúvio, ou seja, a erosão está caminhando para a montante, e se observar-mos, veremos que agora esse processesso está no final do aterro, por isso, temos boçorocas com o recuo das cabeçeiras, onde chamamos de erosão com recuo das cabeceiras de drenagem, onde os córregos nascem e com a evolução, essas erosões tomam forma de dígitos, dedos de mão. Os sulcos que são os primeiros que são os primeiros caminhos da água onde promovem o poder de degradação, criando ravinas e acelerando o processo de erosão junto à essas boçorocas.
Em algum ponto dessa erosão temos um material mais desagregado que são coberturas detríticos lateríticos, materiais jovens que foram depositados em contato com a cobertura do Marília. Há um aumento da evolução da erosão porque há uma descontinuidade geológica.
Nessa região temos matas características do cerrado, campo onde as árvores são longes umas das outras, entre as árvores temos arbustos, gramíneas, temos também o campo sujo com ausência de árvores grandes, os campos limpos estão em torno das veredas ou nos topos de chapadões e o cerradão se encontra onde os solos são melhores por causa do afloramento dos casaltos, e em alguns locais, vem associados com a mata seca que é uma mata estacional de encosta e que está relacionada com solo bom, que tem como exemplos madeira de lei, de aroeira e angico.
Embora este trabalho de campo foi realizado apenas num período do dia, tivemos a oportunidade através dos relatos da Prof. Angela, fomentar nosso conhecimento e aguçar nossos sentidos de análises e percepções advindo das transformações ocorridos no relevo da nossa região, inclusive nas bacias dos córregos da nossa cidade. Foi uma experiência muito gratificante poder participar dessas aulas onde os recursos utilizados pela professora foi totalmente natural, usando a própria paisagem para demonstrar essas mudanças e transformações causadas pelas ações da natureza e pela ação do homem.

Aluno: Erlon Moreira Castilho
Curso: 4º período de Geografia
Entidade: FCU – Católica de Uberlândia
Profª: Angela Maria Soares
erlonmoreira@yahoo.com.br

GEOMORFOLOGIA DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA

O Município de Uberlândia é limitada pelas coordenadas geográficas: 18°30’ de latitude sul e 47°50’ de longitude oeste de Greenwich. Essa área insere-se nas Chapadas Sedimentares da Região do Triângulo Mineiro, as quais foram esculturadas em rochas sedimentares, sobretudo do Grupo Bauru, representadas principalmente pelos arenitos das Formações Marília, Adamantina e Uberaba, e da Formação Botucatu do Grupo São Bento. Algumas de suas bordas são mantidas pelo arenito com cimentação carbonática ou silicosa. Outra pelos derrames basálticos da Formação Serra Geral do Grupo São Bento. Os entalhes mais profundos feitos pelos grandes rios, como o Paranaíba e o Araguari, atingem o embasamento do Pré-Cambriano, representado principalmente pelos xistos do Grupo Araxá.

O relevo do Município de Uberlândia faz parte de um conjunto global de formas denominado por AB’SABER (1971) Domínio dos Chapadões Tropicais do Brasil Central. Esse relevo vem sendo elaborado desde o Terciário e durante o Quartenário pelos processos morfoclimáticos, os quais propiciam extensas pediplanações, pedimentação, laterização e dissecação, levando o relevo a possuir as formas atuais.

A história paleogeográfica imprimiu nessa paisagem do interior do Brasil unidades morfológicas bem definidas e comandadas na atualidade por diferenciações morfogenéticas no nível das vertentes. BACCARO (1989) definiu três grandes unidades morfológicas no Município de Uberlândia: a) área de relevo dissecado; b) área de relevo intensamente dissecado; c) área de cimeira com topos planos e largos.

O Município insere-se no Domínio Natural dos Cerrados, onde se encontram diversos tipos fitofisionômicos, como a mata mesofítica (de galeria e de encosta) e a mata xeromórfica (cerradão), diversos tipos savânicos, como o campo cerrado e o campo sujo, além do tipo campestre, representado pelos campos úmidos e veredas (SCHIAVINI, ARAÚJO, 1989).

Os solos, segundo os estudos da EMBRAPA (1980), apresentam uma maior porcentagem em área do tipo Latossolo Vermelho-escuros álico, coincidindo genericamente com a área de relevo dissecado. Outra grande porção é constituída pelo Latossolo vermelho-escuro distrófico, o qual ocupa uma grande área do médio curso da bacia do rio Uberabinha. O latossolo Vermelho-amarelo álico aparece principalmente nas porções mais altas do Município, ou seja, nas cabeceiras e topos interfluviais dos Rios Uberabinha e Bom jardim. O latossolo Roxo distrófico e eutrófico surgem nas vertentes e interflúvios do baixo curso do Rio Uberabinha e nas médias e altas bacias dos afluentes do Rio Araguari.

O podzólio Vermelho-amarelo eutrófico e o Cambissolo eutrófico está presente nas aproximidades do fundo de vale do Rio Araguari com seus afluentes. Os solos designados por glei húmico álico e distrófico são encontrados em muitos fundos de vales, como no alto curso do Rio Ubrabinha, no médio curso do Bom Jardim, em muitos afluentes dos ribeirões Douradinho, Estiva e no Rio Tejuco. Também aparecem suspensos nas médias vertentes, sobre crostas lateríticas.

Área de Relevo Medianamente Dissecado: correspondem ao setor com topos aplainados entre 700 e 900 metros de altitude, de vertentes suaves, interrompidas por rupturas locais mantidas pela laterita, onde ocorrem pequenos anfiteatros mais convexizados e elaborados, preferenciais para o afloramento do lençol subterrâneo. O substrato é formão principalmente pelos arenitos da Formação Adamantina, recobertos pelos sedimentos da cobertura Cenozóica, Alguns canais de drenagem têm seu nível de base nos basaltos da Formação Serra Geral.

Área de Relevo Intensamente Dissecado: corresponde à borda da Chapada de Uberlândia, entre 650 e 800 metros de altitude, apresentando uma porção mais elevada com topos aplainados por volta de 900 e 950 metros de altitude, fazendo parte de uma grande chapada e se estender por toda essa região de Uberlândia e Araguari, remanescente de uma antiga superfície aplainada e a mais conservada nessa região do Triângulo Mineiro, correspondendo à superfície Sul Americana, elaborada a partir do Cretáceo Superior até o Terciário (Plioceno), caracterizada por extensos pediplanos e crostas lateríticas, num clima áspero e semi-árido. As feições morfológicas estão relacionadas às litologias representadas pelo basalto e pelas rochas do Complexo Goiano do Grupo Araxá predominantemente, com uma presença também significante dos arenitos do Grupo Bauru e das Formações do cenozóico.

Área de Relevo de Topos Planos e Largos: está localizada entre 1000 e 1100 metros de altitude, vales espaçados com pouca ramificação da drenagem, vertentes com baixas declividades sustentadas pelo arenito da Formação Marília, recobertas pelos sedimentos do Cenozóico, ocorrendo uma massa significativa de solos hidromórficos próximas aos canais fluviais.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

FICHAMENTO- PCN GEOGRAFIA "ENSINO MÉDIO"


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE GEOGRAFIA


Geografia no ensino fundamental


“A produção acadêmica em torno da concepção de Geografia passou por diferentes momentos, gerando reflexões distintas acerca dos objetos e métodos do pensar e fazer geográfico.”

Num segundo momento, a Geografia marcou o ensino pela criação do curso superior paralelamente á fundação da faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo e do Departamento de Geografia em 1934.”

“Para La Blache os conceitos de lugar, paisagem e região, como territorialidade, se sobrepunha..”

“(...) fazer Geografia era explicar a diversidade regional do mundo como território, como a pretensão de encontrar alguns princípios gerais que explicassem sua diversidade regional..”

“A tendência lablachiana da Geografia e as correntes que dela se desdobraram mais tarde, a partir dos anos 60, passaram a ser chamadas de Geografia tradicional.”

“(...) as desigualdades no desenvolvimento entre os lugares e territórios originavam-se no interior das classes sociais e nas formas de alianças que estabeleciam entre si no interior dessas sociedades.”

Os métodos e as teorias da Geografia tradicional tornaram –se insuficientes para apreender a complexidade do espaço.”

“A partir dos anos 60, sob influencia das teorias marxistas, surge uma tendência critica á Geografia Tradicional, cujo centro de preocupações passa a ser as relações entre a sociedade, o trabalho e a natureza na produção e apropriação dos lugares e territórios.”

“Essa Geografia, que se convencionou chamar de critica, ficou muito marcada por um discurso retórico...”

“Tanto a Geografia Tradicional como a Geografia Marxista militante negligenciaram a dimensão sensível de perceber o mundo: o cientificismo positivista da Geografia Tradicional, por negar ao homem a possibilidade de um conhecimento que passasse pela subjetividade do imaginário.”

Assim, fala imaginário em Geografia é procurar compreender os espaços subjetivos, os mapas metais que se constroem para orientar as pessoas no mundo.”

Se o marxismo possibilita compreender a maneira como a sociedade se organiza em torno das atividades básicas da produção e reprodução da vida material e mesmo de aspectos não-materiais como linguagem, as crenças, a estrutura das relações e as instituições, (...) pois com a precária incorporação das mudanças produzidas pelo meio acadêmico, provocaram a produção de inúmeras propostas didáticas, descartadas a cada inovação conceitual..”

as propostas pedagógicas separam a Geografia Humana da Geografia da Natureza em relação aquilo que deve ser apreendido como conteúdo especifico: ou a abordagem é essencialmente.”

“(...) é preciso que eles adquiram conhecimentos, dominem categorias, conceitos e procedimento, dominem categorias, conceitos e procedimentos básicos com os quais este campo do conhecimento opera a constitui suas teorias e explicações, de modo que possam não apenas compreender as relações socioculturais e o funcionamento da natureza ás quais historicamente pertence, (...).

A Geografia no contexto dos Parâmetros Curriculares Nacionais

A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o mundo compreensível para os alunos, explicável e passível de transformações.”

Conhecimento geográfico e sua importância social

“Nesse sentido, a análise da paisagem deve focar as dinâmicas de suas transformações e não simplesmente a descrição e o estudo de um mundo aparentemente estático.”

"O espaço considerado como território e lugar é historicamente pelo homem á medida que organiza econômica e socialmente sua sociedade.”

“A categoria foi originalmente formulada nos estudos biológicos do final do século XVIII.”

Para professores de geografia é fundamental reconhecer a diferenciação entre a categoria território e o conceito de territorialidade.”

“A categoria paisagem, porém, tem um caráter especifico para a Geografia, distinto daquele utilizado pelo senso comum ou por outros campos do conhecimento.”

A categoria paisagem, por sua vez, também está relacionada á categoria lugar, tanto na visão da Geografia Tradicional quanto nas novas abordagens.”

“O estudo de Geografia possibilita aos alunos a compreensão de sua posição no conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e por que suas ações, individuais ou coletivas, em relação aos valores humanos ou á natureza(...)”

Aprender e ensinar geografia

“(...) a maneira mais comum de ensinar Geografia tem sido por meio do discurso do professor ou do livro didático.”

É imprescindível o convívio do professor com o aluno em sala de aula, no momento em que pretender desenvolver algum pensamento critico da realidade por meio da Geografia.”

A televisão os computadores permitem que eles interajam ao Vico com diferentes ligares do mundo.”

O ensino de Geografia nesses ciclos pode intensificar ainda mais a compreensão, por parte dos alunos, dos processos envolvidos na construção das paisagens, territórios e lugares.”

A Geografia trabalha com imagens, recorre a diferentes linguagens na busca de informações e como forma de expressar suas interpretações, hipóteses e conceitos.”

“A cartografia é um conhecimento que vem se desenvolvendo desde a pré historia até os dias de hoje.”

“É relevante lembrar que grande parte da compreensão da Geografia passa pelo olhar.”

“Os estudos de paisagens urbanas e rurais, com todas a sua problemática, pode em grande parte ser desvendados pela observação direta dessa paisagens.”

Objetivos gerais da área

conhecer a saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender a paisagem, o território e o lugar seus processos de construção, identificando suas relações, problemas e contradições;”

CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA:

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO

“Os eixos temáticos não representam um programa de curso e tampouco uma proposta curricular a ser seguida de forma dogmática.”

“Os territórios não se constituem em simples elementos que estabelecem as mediações no fluxo dessas ações.”

porém, a preocupação da geografia é como o espaço terrestre e a forma como a sociedade se apropria dele.”

“O Estudo de Geografia permite que os alunos desenvolvam hábitos e construam valores significantes para a vida em sociedade.”

“Dentro dessa perspectiva, levando em consideração que os alunos estão desenvolvido processos cognitivos de conhecimento do mundo em níveis mais elevados de raciocínios mais complexos sobre o tempo e o espaço.

“Um cuidado que os professores deve ter ao relacionar o conteúdo dos seus temas, nesse momento em que a Geografia aparece como uma área de forma personalizada, é não pretender estar formando geógrafos.”

“Diante dessas considerações, a opção foi organizar os conteúdos em eixos temáticos,temas e itens a partir de problemáticas amplas de Geografia.”

Geografia e Temas Transversais

“Portanto, os conteúdos propostos articulam –se necessariamente com os temas transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais.”

“Alguns temas transversais, como Ética, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde, Trabalho e Consumo, são parte dos conteúdos da Geografia.”

“O trabalho com os temas transversais reforma também um principio estabelecido a priori nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia:(...).

“O ensino de Geografia muito pode contribuir para a formação ética medida em que se direcione a aprendizagem ao desenvolvimento de atitudes, como confiança dos alunos na própria capacidade e na dos outros para construir conhecimento sobre os lugares paisagens,(...)”

Pluralidade cultural

“Por outro lado, ai dar importância a esse saber, a escola contribui para a superação do preconceito de que a ciência é uma só e é produzida por algum sujeito indeterminado, nas academias; (...)

“Desse modo, é possível visualizar melhor a dimensão da Geografia no currículo da escola fundamental: como um campo de problemas para construir conceitos e como um elemento de integração com o tema Pluralidade Cultural.”

Orientação sexual

“Em Geografia, esse tema podem ser tratados quando o professor estiver desenvolvendo a temática da cidadania, nas formações socioespaciais, a modernização, o modo de vida, entre outros.”

“Outra forma de transversalizar os conteúdos de Orientação Sexual com Geografia pode ser dar por meio da cartografia.”

Meio Ambiente

“A análise de problemas ambientais envolve questões políticas, históricas, econômicas, ecológicas, geográficas, enfim, envolve processos variados, portanto, não seria possível compreendê-los pelo olhar de uma única ciência.”

“(...) O tema Sociedade e Meio Ambiente é o que sugere maior aproximação, pois, ao tratar de formação socioespacial, das novas territórios e temporalidade do mundo, aborda-se de formaampla os processos que geram uma determinada ocupação do solo, as demandas por recursos naturais, o crescimento populacional e a urbanização, entre outros.”

Saúde

“Em Geografia, esse estudo dos Dados pode ser cruzado com os temas relativos ás desigualdades regionais, de distribuição de renda.”

“Os levantamentos da saneamento básico e condições de trabalho e o estudo dos elementos que compõem a dieta básica, os tipos de agricultura, as desigualdades sociais nas cidades, a favelização são alguns exemplos de trabalhos que podem servir de contexto para a aprendizagem de conteúdos geográficos.”

Trabalho e consumo

“Valorizar o trabalho como forma de expressão humana, das diferentes culturas e estrias em seus modos de viver, pensar, portanto o trabalho como presença histórica do pensar e fazer humano.”

“Quando se discute a conquista da cidadania, os aspectos ligados aos direitos do consumidor também podem ser estudados por meio de Geografia para serem mas bem compreendidos:analisar como e para quem o mercado se organiza, a diversidade e qualidade dos produtos e avaliar seu impacto sobre a saúde e o meio ambiente(...)”

TERCEIRO CICLO

Ensino e aprendizagem

No terceiro ciclo, o estudo da Geografia poderá recuperar questões relativas á presença e ao papel da natureza e sua relação com a ação dos indivíduos, dos grupos sociais e, de forma geral, da sociedade na construção do espaço.”

“Desenhar é uma maneira da expressão características desse momento da escolaridade e um procedimento de registro que deve ser valorizado pela Geografia.”

“O estudo do meio, o trabalho com imagens e a representação dos lugares próximos e distantes são recursos didáticos interessantes, por meio dos quais os alunos poderão construir e reconstruir, de maneira cada vez mais ampla e estruturada, as imagens e as percepções que tem da paisagem local e agora também global,(...)”

Objetivos para o terceiro ciclo

distinguir as grandes unidades de paisagem em seus diferentes graus de humanização da natureza, inclusive a dinâmica de suas fronteiras, sejam elas naturais ou históricas, a exemplos das grandes paisagens naturais(...)”

“Reconhecer a importância de uma atitude responsável de cuidado com o meio em que vivem, evitando o desperdício e percebendo os cuidados que se devem ter na preservação e na conservação da natureza.”

Eixo 1: A Geografia como uma possibilidade de leitura e compreensão do mundo

“O aprendizado desse método poderá ser percebido naturalmente pelo aluno, por meio dos temas e conteúdos.”

“(...) de dar aulas sobre o que é Geografia.Compreendendo o espaço coloca-se como condição necessária para orientar as ações do aluno como pessoa e cidadão em relação ao seu comportamento de vida na rua, na cidade ou no mundo.”

“A Geografia, como ciência das interações entre uma multiplicidade de fenômenos naturais e sociais, para não cair nas generalizações localizadas, poderá ter do professor cuidados metodológicos no tratamento das formas de explicações.”

“Na evolução histórica e da cultura da humanidade é possível também identificar processos de curta e de longa duração.”

“Vida de La Blache definiu a Geografia como a ciência dos lugares, e não dos homens.”

“O professor poderá trabalhar o conceito de cidadania como a possibilidade efetivamente garantida de ter uma moradia e transportes adequados ás imposições que o sistema estabelece, principalmente nas grandes áreas metropolitanas.”

a segregação socioeconômica e cultural como fator de exclusão social e estimulo a criminalidade nas cidades.”

Eixo 2: O estudo da natureza e sua importância para o homem

“Dentro dos limites do campo cognitivo dos aluno deste ciclo, quando ele já se familiariza com raciocínios mais abstratos e complexos, é possível discutir os mecanismos climáticos, por exemplo, das massas de ar, as variações diárias de tipos de tempos atmosféricos.”

A medida que o aluno compreende as leis que regulam a dinâmica do tempo atmosférico, a sucessão das estações do ano e dos climas, estará, também, em condições de compreender suas relações com as diferentes paisagens vegetais e a zonalidade dos tipos de solos, assim como a organização das bacias hidrográficas e o regime dos seus rios.

“Muitos são os fenômenos naturais que despertam interesse e curiosidade dos alunos pelos processos e tempos da natureza:”

“(...) a cidade de São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos, situada em uma linha de falha tectônica, que a coloca em permanente risco de uma catástrofe.”

Os fenômenos naturais regularidade e possibilidade de previsão pelo homem

“Como em Geografia os fatos e fenômenos da natureza são estudados por meio de sua relação com os diferentes modos de apropriação dos grupos sociais, pode-se ampliar muito o conhecimento, discutindo os processos da natureza e suas relações com a vida das pessoas.”

“Nas cidades os assentamentos populacionais com construções de moradias na áreas de risco são formas de estudar a relação entre o sitio urbano e a vida das pessoas.”

A natureza e as questões socioambientais

“Pode-se sugerir um trabalho com a sociodiversidade e com o modo como diferentes segmentos sociais convivem com as florestas tropicais .

“Da cidade para o campo, pode-se estudar como o ambiente vem sendo afetado pelos diferentes modos de produzir campo.”

Eixo 3 : O campo e a cidade como formações socioespaciais

“(...) como as relações tradicionais no campo e o processo de modernidade, se estará inevitavelmente trabalhando com as idéias do novo e do antigo e os possíveis conflitos existente em seus ajustamentos históricos.”

As grandes cidades representam o centro de comando político, econômico e financeiro no mundo, principalmente nos sistemas capitalista.”

A mídia, com suas sofisticadas técnicas de marketing localizadas nos grandes centros urbanos, cada vez mais penetra pelas antenas parabólicas, pelo computador e pelos automóveis no cotidiano de algumas áreas da vida do campo.”

“(...) questões como a da reforma agrária na solução do problema dos sem terra, até aquelas referentes a questões da renovação urbana, moradia, transporte, saneamento.”

“(...) ao observa uma paisagem e nela encontrar uma vila operária no Brasil do inico do século XX, vê –se a memória de uma concepção de relações entre empresa e trabalhadores que poderá ter desaparecido, como relações do passado.”

Dessa forma, os alunos poderão compreender que as análises e os estudos geográficos do espaço se realizam numa perspectiva dialética de temo e espaço, em que o antigo e o novo interagem no processo da mudança.”

“(...) como as lavoras de exportação subsidiadas por grandes financiamentos que garantem a entrada de divisas para o pais, coexistem as pequenas e médias propriedades, em sua quase totalidade desprovidas de auxílios financeiros, mas que respondem pela maior parte do abastecimento das cidades.”

è importante que o professor reflita e critique com seus alunos a crença de que as tecnologia importadas e suas conseqüentes inovações sejam capazes por si só de gerar os impactos necessários para o desenvolvimento da sociedade brasileira.”

“Tanto no período colonial como no império a consolidação das oligarquias agrárias representaram o centro do poder.”

“As conquistas das classes trabalhadoras desde a implantação da República sempre tiveram de enfrentar as alianças realizadas no interior das classes dominantes.”

“O regime militar que se implantou a partir de 1964 foi a resposta autoritária do Estados legitimado pela cumplicidade da burguesia urbana, e de oligarquias agrárias do pais, às reformas pretendidas pelos trabalhadores.”

“O processo de democratização pelo qual o Brasil passou após a queda do regime militar nos anos 80 não garantiu ainda a realização de uma verdadeira reforma agrária soluções para o problema de moradia e de desemprego.”

o professor poderá concomitantemente ajudar o aluno a desvendar os processos que passaram a atuar na mudança do comportamento social do campo com a chegada da televisão e as facilidades oferecidas pelos meios de transporte, facilitando as ligações entre os moradores do campo com a cidade.”

Eixo 4: A cartografia como instrumentos na aproximação sos lugares e do mundo

A Geografia, por uma imposição de método, trabalha com uma pluralidade de espaços e lugares com recortes muito variados, alguns mais próximos, outros mais distantes do observador.”

“O aprendizado por meio de diferentes formas de representação e escalas cartográficas deverá estar contemplado nesse momento em que se inicia o aluno nos estudos geográficos.”

Da alfabetização cartográfica à leitura critica e mapeamento consciente

“A alfabetização cartográfica compreende uma série de aprendizagens necessárias para que os alunos possam continuar sua formação nos elementos da representação gráfica já iniciada nos dois primeiros ciclos para posteriormente trabalhar com a representação cartográfica.”

"(...) são básicas na alfabetização cartográfica tais como: a visão obliqua e a visão vertical, a imagem bidimensional, o alfabeto cartográfico (ponto e área), a construção da noção de legenda,a proporção e a escala, a lateralidade, referências e orientação espacial.

“Para desenvolver as competências necessárias para tornar o aluno um leitor crítico e mapeador consciente, pode-se a partir do terceiro ciclo introduzir o trabalho em três níveis: estudando um fenômeno isoladamente e analisando a sua distribuição espacial, produzido carta analíticas; combinando duas ou mais cartas analíticas; produzindo sínteses ou cartas que reúnem muitas informações analíticas.”

Os mapas como possibilidade de compreensão e estudos comparativos das diferentes paisagens e lugares

“É muito importante neste momento o professor tomar a cartografia um recurso rotineiro em sua sala de aula.”

que trabalha com a cartografia fornece instrumentos de explicação e compreensão do espaço geográfico;”

Critérios de avaliação

“Como este critério avalia-se o quanto o aluno se apropriou das categorias básicas da Geografia e tem clareza em relação ao conceito de diferentes temporalidades que definem os ritmos e processos históricos e naturais na construção do espaço geográfico.”

“Construir, por meio da linguagem escrita e oral, um discurso articulado sobre as diferenças entre o seu lugar e a pluralidade que constituem o mundo.”

“Perceber no seu cotidiano como as pessoas se apropriam e se identificam com os lugares.”

“Interessar-se em procurar como as pessoas se integram com os lugares, definindo um comportamento crítico em relação a esse fato.”

QUARTO CICLO

Ensino e aprendizagem

“O aluno do quarto ciclo já capaz de maior sistematização, podendo compreender aspectos metodológicos da área quando estuda as relações entre sociedades, cultura, Estado e território ou as contradições internas que ocorrem entre diferentes espaços geográficos com suas paisagens.”

o jovem sensibilizado para questões cotidianas tem uma experiência com a realidade ancorada em problemáticas de escalas variadas de tempo e de espaço.”

“(...) escolha de temática geográficas para interpretação do mundo, é muito importante entender esses e outros aspectos da cultura jovem nas sociedade atuais.”

“No quarto ciclo, o estudo de Geografia compõe de um amplo leque que permite entrada significativa nesse processo de desenvolvimento sociocognitivo do jovem adolescente.”

“Ainda dentro da questão da mobilidade do jovem, é possível ampliar e resitar conteúdos da Geografia dos ciclos anteriores.”

“Aprender Geografia significa também conseguir perceber, observar com intenção e descrever nosso cotidiano nas paisagens, interpretando os seus significados passado, presente e interferir no seu futuro.”

“É importante identificar o interesse pela participação do jovem no desenvolvimento da aspiração pelo equilíbrio na relação homem / natureza, o questionamento das relações sociofamiliares, as novas relações de lazer e prazer etc.

“(...) é possível também compreender por que a natureza favoreceu o desenvolvimento de determinadas atividades e não de outras, e por que alguns lugares do mundo se especializaram nas relações econômicas em função do seu potencial de recursos da natureza.”

“O desafio temático da Geografia é então forma um aluno capaz de discernir aquilo que diz respeito a sua vida, diante de um mundo em que, num processo dialético de globalização e fragmentação, a informação instantânea e simultânea exige atitudes e discernimentos cada vez mais rápidos e complexos?

“É também fundamental que a escola se preocupe com a formação dos alunos para o mundo ocupacional, não na forma de ensino vocacional ou profissionalizante, mas por meio de conteúdos que expliquem o mundo e lhe dê oportunidades de adquirir capacidades para lidar com ele.”

“(...) o aluno pode, na medida do possível e do acesso, aprender a utilizar a tecnologia como ferramenta intermediaria da Geografia, a exemplo do computador como armazenador e organizador de dados empíricos, ou para construir simulações simples da realidade.”

o jovem sabe se expressar pelas imagens que constrói nas mais diversas possibilidades de manifestação artística.”

“Compreender a paisagem, enfocando o tema da água, remete, necessariamente, ao estudo de como estruturar a vida humana em relação a esse recurso,como cuidar dos mananciais, o que fazer da capacidade natural de preservação, comprometendo-a com a poluição, ou a impermeabilização dos solos, como representar a espacialização desse recurso etc.”

“Com a área de Ciências Naturais há ainda uma afinidade peculiar nos conteúdos desse ciclo, uma vez que o funcionamento da natureza e suas determinações na vida dos homens devem ser estudados também pela Geografia não apenas como processo, mas como esses processos foram apropriados pelas sociedades.”

Objetivos para o quarto ciclo

“Espera-se que no quarto ciclo aqueles objetivos mais gerais propostos para a área de Geografia sejam atingidos.”

perceber que a sociedade e a natureza possuem princípios e leis próprias e que o espaço resulta das interações entre elas,historicamente definidas;

Conteúdos para o quarto ciclo

“Reafirma-se também que aqueles conteúdos selecionados devem tratar da presença e do papel da natureza e sua relação com a vida das pessoas na construção do espaço geográfico (seja sociedade, seja individualmente).

Eixo 1: A evolução das tecnologias e as novas territorialidades em redes

“Vários são os temas e itens que poderão ser desdobrados desse eixo.Porém, dois têm se revelado como grandes temas motrizes das principais forças humanas capazes de gerar profundas transformações no processo de interação entre a sociedade e a construção do seu território.”

A velocidade e a eficiência dos transportes e da comunicação como novo paradigma da globalização

“(...) como fator de transporte do espaço, o professor pode estimular o aluno a se posicionar criticamente sobre a potencialidade criadora do homem em superar a barreira das distâncias e dos obstáculos que a Geografia Física dos lugares apresentou para as diferentes sociedades em sua evolução histórica.”

“A estrutura do sistema viário e a ideologia do transporte individual são elementos altamente comprometedores da qualidade de vida das cidades.”

“A compreensão dos processos de integração socioeconômica ao que se vem designando como o termo de globalização depende profundamente das idéias do instantâneo, do simultâneo e do sincretismo no acontecimento dos fatos.”

A globalização e as novas hierarquias urbanas

no mundo contemporâneo, o que melhor caracteriza o fenômeno da globalização é a rapidez como a informação chega aos mais distantes e diferentes lugares, garantindo uma interação instantânea.”

Hoje as pessoas localizadas em pontos distantes do território, sentadas diante do computador, ligadas a uma rede, poderão estar interagindo ao mesmo tempo na produção de uma projeto, seja ele na forma de um texto ou de um design.”

“(...) que reflita com seus alunos sobre importância que as novas tecnologias vêm acarretando para essas transformações.”

os termos “paises desenvolvidos” passaram a ser usados, então no interior de um processo de conscientização designado como “o grande despertar”, que nada mais foi do que o reconhecimento das profundas diferenças que separavam os paises ricos e pobres, em que a relação dominação / subordinação representava a origem dessas desigualdades, sendo que os séculos de dominação colonial e sua conseqüente descendência estavam nas raízes da pobreza de mais de 2/3 da população mundial.”

“Tão importante quando discutir com os alunos as novas relações socioeconômicas que emergem no interior do processo da globalização, redesenhado as relações de negociações entre desenvolvidos e subdesenvolvidos, é discutir a nova Ordem Política Mundial.

“(...) faz-se necessário ajudar o aluno a compreender e explicar as novas condições que regulam as atuais relações no cenário internacional, a exemplo da aproximação entre os Estados Unidos e a ECl e a incorporação de Hong Kong ao socialismo chinês.”

Porém, nem sempre é fácil para o professor enveredar por esses temas e conteúdos e ao mesmo tempo manter-se metodologicamente compromissado com a análise geográfica.”

“Outros temas e conteúdos, como o das relações internacionais, poderão também ser colocados para que os alunos possam se inteirar e compreender os processos de nova ordem mundial.”

Uma região em construção: o mercosul

“È verdade que os quatro primeiros paises guardam entre si a contigüidade de fronteiras, o que si só favorece a integração em um bloco regional com interesses comuns.”

“Entre eles pode-se destacar os seguintes: estágio de desenvolvimento do processo de produção e consumo dos países - membros, demografia escolaridade e desenvolvimento tecnológico e problemas ambientais comuns.”

Paisagens e diversidade territorial no Brasil

“O Brasil é uma união de diversidades socioculturais, mas ao mesmo tempo guarda uma unidade que pode ser identificada pelos jovens por meio de temáticas variadas de estado, seja no estudo das redes urbanas, na agricultura ou nas manifestações culturais que dão significado e identidade ás regiões brasileiras.”

“Em relação á Geografia, cujo objeto de estudo é a relação sociedade / Natureza, tais paisagens possibilitam um estudo mais aprofundado de questões próprias de cada região, em relação ás possibilidades cognitiva dos alunos.”

“A leitura de imagens, o trabalho com diferentes tipos de documentos, a narrativa, os filmes, as fotografias, os textos literários, os jornais, as revistas, o estudo do meio poderão prosseguir, entretanto, com o aumento das competências para leitura, escrita e cartografia dos alunos é possível aperfeiçoar procedimento, tais como: entrevistas e enquetes; pesquisas em livros e enciclopédias; consultas a arquivos, Atlas e mapas: registro e organização de informações em arquivos, diários, cadernetas de campo e coleções; (...)

“O enfoque dos estudos poderá centrar-se inicialmente, nas características atuais das paisagens, a partir das próprias experiências.”

“A discussão sobre o consumo e o modo de vida, ao ser analisada do ponto de vista da globalização, não deve deixar de mostrar os seus aspectos contraditórios.”

“Outros aspecto fundamental a ser trabalhado com os alunos é a constatação cada vez mais significativa de um grave quadro de pobreza de grande parcela da população mundial, somado a isso um grave estado de degradação ambiental.”

“Os movimentos sociais de luta pela melhora da qualidade de vida, pelo trabalho, pela moradia, entre outros têm mostrado que questões sociais e ambientais não podem ser tratadas como lutas separadas.”

O processo técnico – econômico e os problemas socioambientais

“(...) o professor pode trabalhar as questões energéticas, transportes, habitação,industrialização e agrarização do mundo, analisando como as técnicas tiveram um papel fundamental no modo de viver das sociedades e como foi por meio delas que o homem desenvolveu grande capacidade de transformação da natureza.”

“O professor pode também introduzir a discussão sobre hábitos alimentares, que parece muito oportuna para os adolescentes, que buscam se identificar também com um certo estilo de vida, procurando discutir padrões de alimentação qualidade da alimentação e problemas ambientais de sua produção.”

“É importante mostrar que a paisagem urbana, quando associada á indústria, muda conforme o tipo de indústria.”

Pode também ampliar essa discussão propondo análises de problemáticas globais relacionadas á sociedade industrial, tais como o aquecimento global da atmosfera, as chuvas ácidas , a morte de nossos rios, o desmonte do relevo na paisagem urbana, as grandes concentrações populacionais nas grandes cidades e metrópoles, a interdependência das indústrias, a terceirização da produção etc.”

“(...) os modelos de desenvolvimento implantados no pais resultaram em desigualdades profundas,com deterioração da qualidade de vida e degradação ambiental.”

“Outros aspecto relevante a se relacionar é no Brasil a industrialização foi financiada pelo aumento das exportações de produtos primários ( a agricultura, a pecuária e a extração mineral e vegetal) e pela exploração intensiva dos recursos naturais.”

“(...) quando tratar da morte dos rios, o professor pode aprofundar e tematizar por que os rios morrem, quais processos naturais estão sendo comprometidos.”

“Contudo tratar da questão ambiental do ponto de vista político é uma tarefa complexa.”

“O estudo do desmatamento, seja na Amazônia ou na Atlântica, oferece amplas possibilidade de recortes para compreender a ação dos diferentes grupos de atuação nas florestas tropicais.”

“Os problemas ambientais brasileiros são uma herança de um tipo de progresso criado pela era industrial, que os alunos podem compreender e explicar, identificando espaço de ruptura ou completa adesão ao modelo de progresso adotado no Brasil.”

“Além disso, é muito importante debater os movimentos ambientalistas para além das fronteiras territoriais.”

Critério de avaliação

“A avaliação deve ser planejada, assim, relativamente aos conhecimentos que serão recontextualizados em estudos posteriores, no ensino médio e principalmente na vida prática.”

ORIENTAÇÃO METODOLÓGICAS E DIDÁTICAS

“Quando o professor entra em uma sala de aula, muito são os desafios que se apresentam a ele.”

“(...) exigirá do professor uma atitude de mediador nas interações educativas com seus alunos.”

“Essas considerações metodológicas e didáticas de caráter mais geral, que podem ser consideradas válidas para qualquer área do ensino e da aprendizagem têm a função de anunciar uma metodologia especifica para o ensino de geografia.”

“Os avanços obtidos com as propostas teóricas e metodológicas da Geografia Critica e da nova Geografia Humanista, colocando o saber geográfico como algo construído, guardando em si uma intencionalidade que deve ser desvendada, passou a permitir ao professor a possibilidade de um ensino de Geografia em que o aluno pudesse interagir com sua individualidade e criatividade não somente para compreender o mundo, (...)

Sobre didática

“(...)o professor pode planejar essas situações considerando a própria leitura da paisagem, a observação e a descrição, a explicação e a interação, a territorialidade e a extensão, a análise e o trabalho com a pesquisa e a representação cartográfica .”

Leitura da Paisagem

“A abordagem dos conteúdos da Geografia pode colocar-se na perspectiva da leitura da paisagem, o que permite aos alunos conhecer os processos de construção do espaço Geográfico.”

“Ao se introduzir a leitura da paisagem, a comparação das diferentes leituras de um mesmo objeto é muito importante, pois permite o conforto de idéias, interesses, valores socioculturais, estéticos,econômicos, enfim, das diferentes interpretações existentes e a constatação das intencionalidades limitações daquele que observa.”

“A leitura da paisagem mediante a identificação de suas estruturas auxilia também a perceber que muitos problemas enfrentados no bairro, na cidade no município e em outras paisagens são resultados de ações.”

Descrição e observação

“A descrição é fundamental, porque a paisagem não é experimental, e sim visual.”

Explicação e interação

“Como uma ciência social, porém com especificidade de trabalha a sociedade e a natureza, a análise torna-se complexa, pois deve complexa, pois deve explicar como dois conjuntos de elementos interagem sem deixar de lembrar que tanto a natureza como a sociedade guardam níveis de interações que lhes são especificas internamente.”

Territorialidade e extensão

“O principio da territorialidade dos fenômenos geográficos, definidos pelos processo de apropriação da natureza pela sociedade, garante a possibilidade de se estabelecerem os limites e as fronteiras desses fenômenos, sua extensão e tendências espaciais.”

Analogia

“Assim sendo, é preciso reconhecer a singularidade e a especificidade dos lugares nos processos de sua globalização em nível mundial.”

A representação dos espaços no estudo de geografia

“Sendo assim, o professor pode abordar, simultaneamente, dois eixos: a leitura e a produção da linguagem gráfica.”

O professor pode também considerar as idéias diferentes e formar representação a partir da percepção que seus alunos têm sobre a representação do espaço.”

“Programas de televisão eu abordem assuntos relacionados á Geografia podem ser recomendados aos alunos para serem assistidos fora do horário escolar, ou podem ser gravados e reproduzidos no videocassete, e ser utilizados como um meio para apresentar informações introdutórias ou complementares.”

Como auxiliar do processo de construção de conhecimentos

“(...) o recurso tecnológico é usado como um meio didático no processo de ensino-aprendizagem.Mediante o uso das tecnologias da comunicação é possível problematizar os conteúdos específicos de Geografia.”

Como ferramenta para realizar determinadas atividades

“É importante que os alunos tenham os recursos tecnológicos como alternativa possível para realização de determinadas atividades.Por isso,a escola deve possibilitar e incentivar que os alunos usem seus conhecimentos sobre as tecnologias para comunicar-se e expressar-se, como utilizar imagens produzidas eletronicamente na ilustração de texto e trabalhos pesquisar assuntos;confeccionar folhetos, mapas,gráficos etc,(...)”

Erlon Moreira Castilho

7º Período (Geografia)

FCU - Faculdade Católica de Uberlândia

erlonmoreira@yahoo.com.br